Para parlamentar federal, ausência de candidaturas exitosas não prejudica criação da bancada de deputados do PT
A denúncia de que o ex-presidente do Corinthians e candidato a deputado federal Andrés Sanchez (PT) teria sonegado impostos na época em que comandava o clube não atrapalhará o cartola na disputa por cadeira na Câmara dos Deputados em outubro. Pelo menos é o que prevê o deputado federal Francisco Chagas (PT). Para o petista, o caso não prejudicará a sigla, que aposta em Andrés como principal puxador de votos neste pleito.
“Numa democracia, qualquer pessoa pode ser processada e a Justiça é que vai resolver se é procedente ou não a acusação”, analisou o deputado, em visita ao Diário, na tarde de ontem.
Segundo o Ministério Público Federal, as supostas irregularidades foram cometidas entre 2007 e 2010 – época em que Andrés presidiu o Corinthians – e o não pagamento de impostos teria favorecido o clube paulista. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, o suposto crime fiscal teria causado prejuízo de R$ 94,1 milhões aos cofres públicos. Andrés alega ter negociado a dívida antes de a promotoria apontar o desfalque.
A candidatura do ex-presidente corintiano é vista como responsável pela manutenção da bancada petista em Brasília (hoje conta com 16 deputados), já que o partido estima que a popularidade no futebol e sua aceitação por parte dos torcedores vão render, pelo menos, meio milhão de votos. Nesse contexto, o PT vai às urnas neste ano sem nomes que, juntos, somaram no pleito de 2010 o dobro da quantidade de sufrágios que o partido almeja para Andrés.
Entre os nomes que não disputarão a reeleição estão João Paulo Cunha, José Genoino (ambos condenados no julgamento do Mensalão), Jilmar Tatto e José de Filippi Júnior (que seguem no governo Fernando Haddad, na Capital), além de Ricardo Berzoini, que deixou o mandato para assumir o Ministério das Relações Internacionais, e Carlinhos Almeida, eleito prefeito de São José dos Campos em 2012. “Política é como física, não tem espaço vazio. Esses outros nomes serão substituídos”, pontuou Chagas.
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