Setecidades Titulo Santo André
Obra abandonada vira lixão

Moradores reclamam da paralisação de canalização
do Córrego Taióca, no Jardim Oriental, desde janeiro

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
25/05/2012 | 07:00
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A paralisação das obras de canalização do Córrego Taióca, no Jardim Oriental, em Santo André, divisa com São Bernardo, vem causando transtorno aos moradores próximos ao local. Segundo a vizinhança, os operários não aparecem para trabalhar desde janeiro. Com isso, o espaço virou depósito de lixo irregular, onde se acumulam entulho, móveis velhos e muita sujeira.

"A gente não aguenta mais isso. Durante a madrugada, vem caminhão de fora jogar tranqueira aqui. Não sei nem de onde vêm essas pessoas. Isso virou um lixão", relatou a dona de casa Sabrina Moreira da Silva, 33 anos.

Além dos objetos despejados na área, o local conta com resto de material utilizado na obra, como pedras e areia. "Quando bate vento, vem muita poeira para dentro de casa. Tenho três filhos e eles estão com problemas respiratórios por causa disso", disse Sabrina.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), responsável pela obra, afirmou que aguarda a desapropriação dos imóveis restantes - a autarquia não informou quantos - para efetuar a limpeza completa. Porém, a autarquia municipal não informou quando as intervenções serão retomadas nem o número de áreas que serão desocupadas. A previsão de finalização das obras era julho do ano passado.

Estão sendo investidos R$ 18 milhões, com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e contrapartida do Semasa. Além da canalização do córrego, o projeto prevê construção de parque linear com avenida marginal, ciclovia e paisagismo. A intervenção abrange a extensão entre as avenidas Brasília até a Pereira Barreto.

PERIGO
O Semasa informou que 65% das obras foram concluídas. Porém, a equipe do Diário constatou que pequena extensão do córrego foi coberta. Com isso, parte da margem que não recebeu intervenção desabou na Avenida Marginal Córrego Taióca. "Estamos com medo de cair tudo. Se não fosse os moradores cercarem a área para não passar caminhão, já teria desabado tudo", afirmou Quitéria Simplicio, 62 anos.




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