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São Caetano despreza Cuca e deve trazer Nelsinho Baptista
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
13/12/2005 | 09:07
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Por essa, Cuca não esperava. O treinador foi contratado para os últimos cinco jogos do Campeonato Brasileiro. Seu objetivo: salvar o São Caetano do rebaixamento. Missão cumprida, seguiu para sua casa em Curitiba com a esperança – e a promessa – de traçar um plano para a temporada de 2006. Mas a recompensa foi descartada pela diretoria do clube do Grande ABC, que encerrou as negociações com o treinador. “Estranhei muito. Não tenho a menor idéia do que aconteceu. Fiz uma proposta dentro da realidade e, infelizmente, recebi uma resposta negativa. O Batata (Luiz de Paula, vice-presidente) mandou um agradecimento e só”, afirmou.

A diretoria do São Caetano foi procurada segunda-feira pelo Diário para esclarecer a falta de interesse por Cuca, já que seu nome era tido como certo no Anacleto Campanella. O motivo da mudança de pensamento? A vontade de trazer Nelsinho Baptista, que deixou recentemente o Santos e treinou o Azulão em 2003 por duas rodadas do Brasileirão antes de sair para o Japão (Nagoya Gramphus). Procurado pela reportagem, o treinador negou o interesse. “Não fui procurado. Mesmo se tivesse sido, não falaria. Não quero meu nome gerando especulações”, disse.

Enquanto isso, em Curitiba, Cuca lamentava o fim de um trabalho. “Dei uma desanimada”, revelou. O técnico garante que a proposta feita ao São Caetano estava “dentro dos limites”. “Não foi o lado financeiro. Fiquei surpreso ao saber que não interessava mais”. Afinal, ele esperava ansioso pela renovação de seu contrato, encerrado após a vitória por 3 a 1 sobre o Cruzeiro, na última rodada do Brasileiro, quando salvou o Azulão do descenso.

Cuca se diz arrependido, mas também agradecido. “Se soubesse, não teria vindo para o São Caetano para disputar apenas cinco jogos. Depois do sufoco, é lógico que queria ficar. Gostei muito do clube. Meu projeto era montar uma equipe, formatar um plano para 2006. Mas recebi a informação de que as negociações estavam encerradas”. O treinador achou a situação “no mínimo, estranha”. “Eles (São Caetano) não fizeram, sequer, uma contraproposta. Isso prova que o problema não foi financeiro”.

Sobre o futuro, Cuca é pessimista. Principalmente quando o mercado de trabalho é Curitiba. “Com a vitória sobre o Cruzeiro, rebaixamos o Coritiba. Estou levando muita porrada aqui. Agora vai ser difícil pegar um lugarzinho numa boa equipe”, finalizou. A diretoria do São Caetano deve definir o novo treinador o mais rápido possível por causa da reapresentação, marcada para o dia 2 de janeiro.




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