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Diadema muda a postura da GCM e adota ações preventivas

Ideia é aproximar corporação da população e atuar antes da formação dos ‘pancadões’

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
13/01/2021 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Diadema passa por mudanças com relação à segurança pública. Com ações em andamento e diversos planos na mesa, o município, agora sob a gestão de José de Filippi Júnior (PT), pretende levantar a bandeira do policiamento preventivo e do diálogo com a população.

Entre as novidades, anunciadas por Benedito Mariano, secretário de Defesa Social de Diadema, está projeto de prevenção à violência com foco nas mulheres. Segundo ele, deve sair nos próximos dias decreto municipal para instituir a Patrulha Maria da Penha.

“Com a pandemia houve aumento de violência doméstica. O plano é fazer visitas periódicas para fiscalizar medidas protetivas”, comentou. Tanto que Mariano disse que já conversou com as 49 policiais mulheres – do total de 298 profissionais – da GCM (Guarda Civil Municipal), que serão responsáveis pelo projeto.

Um segundo decreto, também em vias de sair, é a regulamentação da Ronda Cidadã. Mariano explica que será um policiamento preventivo, no Centro, comércios, praças e escolas. “Vamos intensificar a presença da GCM, se aproximando da população.”

O secretário afirmou ainda que vai “criar a participação da sociedade civil na segurança do município. Queremos que eles indiquem propostas e projetos, vamos envolver todos.” Mariano ainda diz ter planos de valorização para os profissionais da GCM, além de projeto para acompanhamento da saúde mental dos guardas.

Grande desafio e projeto que começa no fim de semana é o enfrentamento aos pancadões, reclamação recorrente da população de Diadema. Mariano, inclusive, teve encontro na segunda-feira com o tenente-coronel Vlamir Luz Machado no 24° Batalhão da Polícia Militar para discutir o assunto.

De acordo com o secretário, que trabalhará com GCM e PM (Polícia Militar) em conjunto nas ações, a meta é chegar aos locais onde são realizadas as festas irregulares antes que os eventos tenham início. “Atuar no meio, quando o pancadão já começou, a possibilidade de conflito é grande. Queremos fazer com que eles nem aconteçam”, comentou.

Está marcada para hoje reunião entre a Secretaria de Defesa Social e a PM para acertar os detalhes do início da operação, que deve acontecer quinzenalmente. Mariano explica que, além de perturbar a população, esses eventos causam aglomerações. “Em tempos de pandemia da Covid-19, temos que fazer esforço para inibir essas concentrações. O foco da saúde pública está envolvido na prevenção”, disse.

Segundo o secretário, está em andamento campanha municipal para conscientizar os jovens, público dos pancadões, do perigo das aglomerações e do risco de fazer circular o novo coronavírus, inclusive entre seus próprios familiares. “É uma campanha educativa”, complementou.

Conhecido como Tempestade, veículo que era usado para dispersar a multidão com jato de água ganhou outra função. “Fará parte da coordenação de Defesa Civil. Será usado nas enchentes, para salvar vidas. Este era equipamento de repressão. As pessoas preferem que os pancadões nem aconteçam ao invés da repressão.”
 




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