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Palestinos recordam os 40 anos de ocupação israelense
Da AFP
05/06/2007 | 17:47
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Com uma série de manifestações, os palestinos recordaram nesta terça-feira o 40º aniversário da conquista israelense de seus territórios - Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza, o Golan sírio e o Sinai egípcio - e que vão prosseguir até 10 de junho, também com a participação de militantes israelenses e estrangeiros.

Entre os palestinos, a principal manifestação foi realizada em Ramallah, na Cisjordânia, onde se reuniram centenas de pessoas que carregavam mapas da Palestina histórica e bandeiras. As sirenes soaram e foi observado um minuto de silêncio.

"Junho de 1967 ficou inscrito na história do Oriente Médio e do mundo como uma enorme derrota infligida aos árabes por Israel", declarou o presidente Mahmud Abbas, em discurso transmitido pela televisão. O primeiro-ministro, do movimento rival Hamas, Ismail Haniyeh, pediu por sua vez ao mundo inteiro "nesta ocasião dolorosa, manter-se ao lado dos palestinos e de seus direitos legítimos".

Em Nablus, mais ao norte, dezenas de palestinos entoando palavras de ordem contra a ocupação participaram de marcha que se dirigiu ao posto de controle militar israelense de Hawara, um dos símbolos da ocupação, situado ao sul da cidade.

Organizadas por associações pacifistas israelenses, duas manifestações foram celebradas simultaneamente, a primeira em Tel-Aviv e a segunda, no bairro palestino de Anata em Jerusalém Oriental.

Em Tel-Aviv, os manifestantes representaram um posto de controle militar para mostrar ao público israelense as restrições humilhantes sofridas pelos palestinos em mais de 500 postos do exército de ocupação na Cisjordânia.

Em comunicado divulgado por um grupo que milita por sua liberação, o influente líder palestino prisioneiro desde 2002, Marwan Barguthi, pediu "o lançamento da mais ampla campanha popular contra o muro (contruído por Israel na Cisjordânia), assim como contra a colonização, o bloqueio e os postos de controle, e de judaizar Jerusalém".

Afirmando que a ocupação israelense dos territórios palestinos é a mais abominável e a mais prolongada da história moderna", Barguthi afirmou que seu fim é "inevitável".  Em Jerusalém Oriental, a polícia israelense proibiu a realização de uma conferência palestina para marcar os 40 anos de ocupação, indicaram os organizadores.

A conferência intitulada "Jerusalém, a capital do Estado palestino, como transformar isto em realidade", deveria acontecer num grande hotel de Jerusalém Oriental, por iniciativa da "Coalizão cívica pela defesa dos direitos palestinos em Jerusalém".

Já o grupo israelense anticolonização Paz Agora manifestou-se na cidade palestina de Hebron, onde estão assentados 600 colonos judeus entre os mais fanáticos. O principal comício contra a ocupação acontecerá sábado em Tel-Aviv, coincidindo com uma série de manifestações previstas em dezenas de cidades do mundo.

O 9 de junho foi declarado "Dia internacional de protesto contra a ocupação israelense".




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