Sérgio Vieira reassume função com objetivo de aliar impulso da área digital com tradição do impresso
O Diário mexeu na Diretoria de Redação com a missão de impulsionar a digitalização da oferta de notícias de credibilidade e qualidade sobre o Grande ABC ao mesmo tempo em que valoriza o produto impresso. O jornalista Sérgio Vieira, 44, retorna ao comando do departamento com o objetivo de potencializar o conteúdo do jornal em ambiente virtual sem descaracterizar a história impressa do maior jornal regional do País, que em 2021 completou 63 anos de existência.
Vieira regressa à chefia do setor quase cinco anos depois de sua primeira passagem pela empresa. Nesse período, foi editor-assistente na revista IstoÉ Dinheiro, da Editora Três, na Capital. Formado pela Universidade Santa Cecília, em Santos, em 1998, o profissional terá sua segunda passagem pelo Diário. Na primeira, foi repórter, editor-assistente, editor do caderno de Política, chefe de reportagem, editor-chefe e diretor de Redação, cargo que exerceu entre 2011 e 2016, quando deu lugar ao jornalista Evaldo Novelini, 45, justamente de quem herdará o bastão.
“É uma enorme honra e alegria voltar para esta verdadeira instituição do Grande ABC e que é o principal porta-voz da população. Chego em um momento em que é cada vez mais importante oferecer ao leitor todas as plataformas para que ele possa ter acesso a informações de qualidade, com contexto e que esse leitor possa receber as reportagens por meio do canal que julgar mais conveniente. Missão é potencializar o digital sem deixar de lado a relevância da edição impressa”, disse Vieira.
“A escolha do Sérgio, profissional de reconhecida competência, para assumir a Redação é, para mim, sinal claro de que o jornal seguirá atuando de forma relevante para bem informar o Grande ABC”, destacou Novelini, que deixa a empresa após 11 anos.
Com 63 anos de história completados em 11 de maio – inicialmente com o nome de News Seller –, o Diário observou a transformação do Grande ABC de uma região com características residenciais a uma das potências econômicas do País a partir da instalação de montadoras automobilísticas e toda sua cadeia produtiva. Nos anos 1970 e 1980, período das grandes greves e de ações de contestação à ditadura, se consolidou como braço direito das sete cidades e ostenta até os dias atuais esse lema. O Diário tem em seu acervo um Prêmio Esso, pela reportagem ‘Grande ABC: A Metamorfose da Industrialização’, assinada por Ademir Medici e Édison Motta (morto em 2015).
Nos anos 2000, com a popularização da internet, o Diário se adaptou e passou a oferecer seu conteúdo em plataformas virtuais. Hoje, seu perfil no Facebook possui quase 220 mil interessados. No Instagram, 69,4 mil seguidores.
"Sérgio vem com o papel para intensificar o trabalho para o digital e reforçar o jornal impresso. A experiência do Sérgio nos traz a convicção de que podemos aumentar a nossa presença junto aos leitores do Grande ABC, seja qual for o canal ou a plataforma”, afirmou o diretor-superintendente do Diário, Marcos Bassi.
OPINIÃO
Obrigado, Diário do Grande ABC*
Este é o derradeiro texto que escrevo como diretor de Redação do Diário. Quando o caríssimo leitor estiver correndo os olhos pelas linhas que se seguem, mãos muito mais competentes que as minhas já estarão no timão desta que é uma das instituições mais importantes do Grande ABC. Mas, após quase cinco anos na função e 11 nesta Casa, não poderia sair sem antes dizer algumas palavras sinceras de agradecimento.
Em primeiro lugar, aos leitores. Trabalhar para, por e com vocês foi uma experiência profissional fantástica. Incomodamos os acomodados, expusemos à luz fatos que alguns queriam manter ocultados na escuridão, brigamos por causas justas, lutamos para que Estado e União respeitassem a força e a história da nossa região. Não nos acovardamos em nenhum momento. Tudo em nome do Grande ABC. Obrigado!
Agradeço, inclusive, pelos necessários puxões de orelha que recebi de vocês, leitores, e sempre nortearam minhas decisões. Como dizia Santo Agostinho, prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem. Pequeno exemplo prático, retirado da seara política: ser classificado de petista por tucanos e de tucano por petistas era régua que atestava minha imparcialidade.
Na sequência, preciso deixar consignadas a independência e a liberdade que sempre tive para noticiar o que considerava importante para as sete cidades, segundo critérios absolutamente jornalísticos, doesse a quem doesse. Ninguém fora do terceiro andar do icônico prédio da Rua Catequese, em Santo André, onde funciona a Redação, leu uma vírgula do que iria em nossas páginas antes que o jornal estivesse impresso – e isso inclui a alta cúpula administrativa do Diário, cujo respeito à atividade jornalística foi absoluto.
Por fim, meu reconhecimento aos colegas. Não se faz jornalismo sem gente. E eu não poderia ter escolhido equipe mais comprometida. Teria durado menos de uma semana no cargo se não tivesse contado, durante todo o tempo, com profissionais incríveis, ciosos do dever de bem informar. Dizer o nome de todos é desnecessário, pois suas carreiras falam por si. Obrigado por estarem sempre comigo, dividindo angústias ou celebrando bons resultados.
Ao meu sucessor, Sérgio Vieira, deixo um abraço fraterno e os votos de sucesso na jornada. De longe, agora promovido a leitor, o posto mais importante da hierarquia deste jornal, estarei torcendo pelo sucesso do Diário.
Para encerrar, empresto pretensiosamente a frase com que Paulo de Tarso se despediu de Timóteo em sua segunda Carta: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”.
*Evaldo Novelini é jornalista e ex-diretor de Redação do Diário.
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