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Adãozinho anuncia aposentadoria e vira técnico de equipe mineira
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
10/08/2010 | 07:05
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Após passar 23 anos correndo atrás da bola, o ex-volante do São Caetano Adãozinho agora está fora das quatro linhas. Virou técnico e vai comandar o Esporte Clube Sul Minas, de Pouso Alegre, equipe da Segunda Divisão do futebol mineiro. O time estreia no Estadual domingo, contra o Varginha Esporte Clube.

Adãozinho ou José Amadeu Elvino, hoje com 42 anos, assumiu a equipe com a missão de levá-la à elite do Campeonato Mineiro. "Como jogador, consegui 14 acessos. Estou iniciando agora e espero subir ao menos uma vez como treinador, né", brinca o ex-jogador, que chegou ao São Caetano em 1999 e participou do acesso do clube à Série A-1 do Campeonato Paulista.

De lá para cá, nunca mais a equipe voltou a disputar a Segundona do Estadual. No ano seguinte, o jogador foi vice-campeão da Copa João Havelange, em 2001 vice Brasileiro e, em 2002, vice da Libertadores. No fim daquele ano, se transferiu para o Palmeiras, onde se juntou a outros dois ex-jogadores do Azulão, o volante Claudecir e o atacante Magrão.

Antes, em 2001, defendeu o Santo André, na Série A-2 do Paulista, e na partida contra o Ituano fez, de pênalti, o gol do acesso (1 a 0).

Pai de três filhos, duas garotas e um rapaz, Adãozinho conta que a carreira de técnico não surgiu por acaso, após a aposentadoria.

"Já tinha em mente fazer algo ligado ao futebol antes de parar de jogar, então surgiu este convite e aceitei o desafio", revela o atleta.

Como jogador, Adãozinho, que nasceu em Caconde mas no primeiro ano de vida se mudou com a família para Bragança Paulista, onde mora até hoje, atuou em três equipes de Minas Gerais, o Alfenense, o 7 de Setembro e o América. No último conquistou a Taça Minas, em 2005.

O futebol está no sangue da família. O filho mais novo do ex-jogador, Jefferson, 19 anos, é meia-atacante e vai trabalhar com o pai no Esporte Clube Sul Minas.

Embora confesse não estar acompanhando mais de perto o noticiário do São Caetano nos últimos tempos, Adãozinho diz estar na torcida para que o clube volte aos bons tempos. Ele encerrou a carreira em maio deste ano após defender o Bragantino no Paulistão.

"Prolonguei a aposentadoria uns meses para bater a marca do Fernando (ex-Santo André)", brinca, referindo-se ao amigo do Ramalhão, que pendurou as chuteiras em dezembro de 2009.

 
Marcador fez 156 jogos no Azulão

 Embora tenha passado três anos no São Caetano, Adãozinho nunca fez contas sobre sua performance. No entanto, é o 23º jogador na lista dos que mais vestiram a camisa do time, com 156 jogos e 14 gols.

Porém, o atleta afirma que dois gols, em especial, marcaram sua passagem no time. "O primeiro foi em 2001, contra o Corinthians. Bati de longe, a bola ganhou efeito e enganou o Doni. O outro foi bem parecido, diante do Internacional (Porto Alegre). Após um escanteio, o Magrão rolou para trás e bati no ângulo."

O ex-volante diz que a amizade entre os jogadores foi determinante no período de de conquistas (1999 a 2002).

"A gente se dava bem. O suporte dado pela diretoria para que trouxéssemos nossas famílias foi ótimo. O convívio com a família é fundamental, ajuda no rendimento, porque nos dá mais tranquilidade para trabalhar." MB 




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