Não falta mais nada para começar a participar de bolões do prêmio principal do Oscar deste ano, a ser realizado no próximo dia 24. Sangue Negro (There Will Be Blood no Original, ou Haverá Sangue), o único candidato ainda inédito no circuito, estréia hoje apenas nos cinemas paulistanos.
Para os cinéfilos brasileiros, a estréia não deve ser ignorada. Na prática, a cerimônia em Los Angeles é uma disputa direta do filme do alternativo Paul Thomas Anderson com Onde os Fracos Não Têm Vez, de Joel e Ethan Coen: ambos com oito indicações, das quais se enfrentam em seis (filme, diretor, fotografia, edição, edição de som e roteiro adaptado).
Se os Coen têm o assustador Javier Bardem, PTA (apelido do jovem cineasta) tem Daniel Day-Lewis. Para compor o papel do explorador de petróleo Daniel Plainview, Lewis vai do completo silêncio – os primeiros 15 minutos não têm um único diálogo – à mais exagerada expressão corporal.
Sua segunda premiação pela Academia é dada como certa (em 1989, ganhou por Meu Pé Esquerdo).
A história de Plainview foi criada por PTA com base em Oil!, romance de Upton Sinclair publicado em 1927 (mas não chega a ser uma adaptação). No século 19, ao lado do filho pequeno, que chama de sócio, disputa terras para procurar por petróleo – coisa que chega a fazer com as próprias mãos. Sua ganância esbarra no fanatismo do jovem pastor Eli (Paul Dano).Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.