Política Titulo Configuração
Grande ABC renova 55,6% dos vereadores

Dos 142 vitoriosos em 2016, apenas 63 reaparecerão nas câmaras da região a partir de janeiro

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
18/11/2020 | 00:24
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A expectativa de reeleição em massa dos atuais vereadores devido à pandemia de Covid-19 não se confirmou e o Grande ABC assistiu à renovação de mais da metade das cadeiras na eleição de domingo. Dos 142 parlamentares, 63 foram reeleitos. Outros 79 são novatos ou retornam aos legislativos. O cálculo leva em consideração a situação dos vencedores de 2016 com relação ao pleito deste ano.

Ribeirão Pires foi a cidade com a maior taxa de renovação do Grande ABC. Dos 17 vereadores, apenas cinco foram reeleitos: Rato Teixeira (PTB), Edmar Aerocar (PSD), Professor Paulo César (PL), Rubão Fernandes (PL) e Paixão (Patriota). Vencedores no domingo, Guto Volpi (PL) e Anderson Benevides (Avante) são vereadores atualmente, mas não foram eleitos diretamente em 2016 – herdaram vagas de parlamentares que morreram no mandato.

As 12 novas figuras da Câmara – de primeiro mandato ou que regressaram – representam 70,6% de renovação (veja quadro completo na arte acima). Leandro Tetinha (PTB), Lau Almeida (PSDB), Amanda Nabeshima (PTB), Valdir, o Gordo (Podemos), Diogo Manera (PSDB), Alessandro Dias (Podemos), Sapão (PTC), Márcia, Coletiva de Mulheres (PT) e Sandro Campos (PSB) estão entre as novidades. Koiti da Marutaca (PSDB) retorna.

Conforme o professor de ciências políticas da UFABC (Universidade Federal do ABC) Diego Sanches Corrêa, a taxa de renovação acompanha as ocorridas nos outros anos, a despeito de, nos bastidores, ser especulado que os vereadores seriam favoritos por causa da dificuldade em se fazer campanha de rua em plena pandemia.

“Toda eleição tem renovação, e muitos fatores explicam isso. Há vereadores que disputam o Executivo, há desistência, entre outras coisas”, argumentou. Em 2016, o Grande ABC renovou os parlamentos em 48,6%; em 2012, 58,4%. Quatro anos antes, em 46%.

Houve significativa mudança no cenário também em Mauá, cidade onde quase a totalidade dos atuais parlamentares foi alvo da Operação Trato Feito, deflagrada pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF (Ministério Público Federal) e que acusou 21 dos 23 vereadores de receberem mensalinho.

No total, somente sete dos 23 parlamentares regressarão à casa: Admir Jacomussi (Patriota), Neycar (SD), Ricardinho da Enfermagem (PSB), Samuel Enfermeiro (PSB), Chiquinho do Zaíra (Avante), Jotão (SD) e Irmão Ozelito (PSC). A cidade terá muitas figuras novas na casa, como Alessandro Martins (PDT), Márcio Araújo (PSD), Geovane Corrêa (PT) e Junior Getúlio (PT).

A Câmara que menos mudou o seu quadro de vereadores foi São Bernardo, que atingiu índice de renovação de apenas 39,3%. Das 28 cadeiras que formam o Legislativo da cidade, apenas 11 vereadores são novos: Danilo Lima (PSDB), Afonsinho (PSDB), Mauricio Cardoso (PSDB), Getúlio do Amarelinho (PT), Paulo Chuchu (PRTB), Lucas Ferreira (DEM), Glauco Braido (PSD), Netinho Rodrigues (PP) e Ana do Carmo (PT). Vitorioso no domingo, Roberto Palhinha (Avante) não havia sido eleito em 2016 – herdou a vaga de Ramon Ramos (PDT), que morreu no ano passado. 




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