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Padilha visita ABC no
fim da pré-campanha

Cúpula petista avalia a necessidade de ganhar fôlego
no Interior, onde Alckmin possui grande força eleitoral

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
24/02/2014 | 07:57
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Orlando Filho/DGABC


Pré-candidato do PT ao governo do Estado, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha fará caravana por São Paulo até julho, quando começa oficialmente a disputa ao Palácio dos Bandeirantes. Nesta tática, o petista se mantém em evidência sem ferir a legislação eleitoral. Berço do petismo, o Grande ABC receberá a comitiva somente quando a peregrinação estiver perto de concluir a rota, entre maio e junho. Este é o prognóstico da direção estadual do partido, que cuida do percurso do ex-integrante do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ao todo, serão realizadas dez caravanas com objetivo de cobrir boa parte dos 645 municípios paulistas. A peregrinação começou em 2 de fevereiro, na cidade de Igarapava, visitando mais 12 cidades naquela região. Neste fim de semana, o destino de Padilha foi o Vale do Ribeira.

A decisão em postergar a passagem de Padilha no Grande ABC é considerada estratégica. Os caciques petistas avaliam que é importante ganhar fôlego no interior do Estado, onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que buscará a reeleição, possui grande número de apoiadores. Mas o desembarque do petista à região pode ser abreviada. Ele é aguardado em São Bernardo para receber o título de cidadão da cidade. A honraria, de autoria do vereador Antonio Carlos da Silva, o Toninho da Lanchonete (PT), foi aprovada no ano passado e deve ser entregue no mês que vem, porém depende de confirmação da agenda do pré-candidato.

A última visita de Padilha ao Grande ABC foi justamente na cidade governada por Luiz Marinho (PT), no início do mês. Ele acompanhou a despedida de Arthur Chioro, que deixou a Secretaria municipal de Saúde para substituí-lo na Pasta do governo federal.

Figura frequente na região desde a eleição de 2012, Padilha é apadrinhado político pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A palavra do mentor foi fundamental para consolidar a escolha de Padilha no plano de desbancar a hegemonia tucana de 20 anos no governo estadual. Após a definição, Padilha transferiu no ano passado seu título eleitoral de Santarém (PA) para São Paulo.

A tática segue a linha adotada pela alta cúpula petista, de lançar um candidato pouco conhecido, jovem no cenário eleitoral, mas com passagem pela equipe do governo Dilma. Foi assim com o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, alçado para o comando da maior cidade do País após 12 anos.

Para levar a eleição para o segundo turno, interlocutores do petismo creem na pulverização que será motivada pelas candidaturas do ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab (PSD), do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), e do deputado Major Olímpio (PDT), além da transferência de alianças da esfera nacional, como PCdoB e PR.
 




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