Uma lista de reinvidicações teria sido entregue a diplomatas árabes e ocidentais, segundo a revista. Entre elas estaria a partida dos soldados americanos da região do Golfo Pérsico, o fim da missão de inspeção de desarmamento da ONU e a suspensão das sanções contra o Iraque.

Também devem ser tomadas medidas contra a produção de armas de destruição em massa por Israel. Por fim, os Estados Unidos e a Europa devem se comprometer a não julgar Saddam Hussein e seus assessores.

Um possível local de exílio pode ser um país africano, afirma Der Spiegel, que não dá maiores detalhes sobre esta questão. O Iraque desmentiu energicamente os rumores que circulam desde a semana passada de que haveria negociações para a partida de seu dirigente.

Na quarta-feira, diplomatas árabes afirmaram, sem se identificar, que a Turquia estava trabalhando com vários países árabes a possibilidade de um exílio do presidente iraquiano. O presidente egípcio, Hosni Mubarak, declarou que "os esforços árabes e não-árabes são feitos para evitar uma guerra".

A idéia de exílio foi lançada, em agosto passado, pelo Qatar, onde Washington dispõe de um importante quartel-general militar, durante a visita a Bagdá do chanceler Hamad Ben Jassem al-Thani.

Absurdo - Um enviado especial do presidente do Iraque, Saddam Hussein, à Síria considerou absurda a notícia veiculada de que o dirigente negociava fugir para o exílio.

Para ele, essa é uma técnica de guerra psicológica e, se perguntarem sobre isso a uma criança no Iraque ela não acreditaria.

O vice-primeiro-ministro do Iraque, Tareq Aziz, entregou nesta semana mensagens de Saddam para os líderes da Argélia, da Tunísia e do Marrocos e afirmou que o presidente iraquiano defenderia seu país até a última bala.