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Morte do Capitão América
Por Luís Felipe Soares
Especial para o Diário
02/03/2008 | 07:12
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Desfecho incomum nas histórias em quadrinhos, em que o mocinho sempre consegue sobreviver a qualquer perigo, dessa vez o herói não deve se reerguer. A saga de um dos maiores ícones parece ter chegado ao fim. Na edição de fevereiro da revista Novos Vingadores (Panini, 108 pág. R$ 7,50), chega ao Brasil o episódio que tomou conta dos noticiários de todo o mundo das HQs: a morte do Capitão América.

A história tem enredo criado por Ed Brubaker e é ilustrada por Steve Epting. Foi lançada em abril do ano passado na edição norte-americana da revista do Super Soldado, mas só agora chega às bancas brasileiras.

A morte do sonho - O capítulo, publicado sob o título A Morte do Sonho, começa justamente após os acontecimentos da Guerra Civil. Na história anterior, os heróis da editora Marvel Comics entraram em conflito quando um incidente levou o governo a criar uma lei de registro de super-humanos.

Com isso, os personagens se dividiram em duas facções. De um lado, o Homem de Ferro passou a liderar um grupo a favor da regulamentação da classe. Do outro, foi criada uma facção rebelde, com o Capitão América à frente, que é contra a idéia do registro. No final do embate, Steve Rogers (alter ego do Capitão) acaba se entregando às autoridades e é preso.

O novo episódio narra a chegada de Rogers, algemado, ao tribunal de Nova York, onde será julgado por seu ‘crime’. Nas escadarias rumo a seu destino, um atirador o acerta, causando grande confusão.

A presença inesperada de desafetos do herói tornam a cena ainda mais dramática e aguça a curiosidade dos leitores. A história terá continuidade nas próximas edições da revista.

Humanidade - Além do fim das aventuras do Capitão América, o incidente retoma um dos pontos que elevaram a Marvel ao seu atual status.

Na década de 1960, os heróis deixaram de ser figuras distantes para apresentarem problemas mundanos e se aproximarem das pessoas. Mesmo uma lenda que surgiu na Segunda Guerra Mundial e continuava a brigar pela justiça não passa de um ser humano frágil diante de um tiro.

A história também é tida como uma representação política do próprio Estados Unidos.

Futuro - O acontecimento serve como arco para o lançamento da minissérie Capitão América: Morre Uma Lenda, que será distribuída neste mês. Dividida em duas partes, ela abordará como ficam heróis como Wolverine, Homem-Aranha e o Homem de Ferro após a morte de Rogers.

Ainda não se sabe se o fim do personagem é definitivo, levando em conta que no mundo dos quadrinhos é, de certa forma, comum a morte de super-heróis, que depois voltam à cena. Há a possibilidade de ser apenas uma jogada de marketing da editora, mas só o tempo dirá. (Supervisão de Gislaine Gutierre)




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