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Paulo Serra estuda PPP para recuperar Parque do Pedroso

Tucano alega que projeto daria viabilidade para gerir equipamentos no espaço, como pedalinho

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/01/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), adiantou que há estudo a respeito da implantação de modelo de PPP (Parceria Público-Privada) para recuperação de parte do espaço do Parque Natural do Pedroso, na região do Parque Miami. O tucano alegou que o projeto, em análise, daria viabilidade à iniciativa privada gerir novos equipamentos e atividades radicais no local, a exemplo da instalação de tirolesa, pedalinho e a prática de arvorismo. O andamento da avaliação técnica, no entanto, foi suspenso no início do ano passado em decorrência dos efeitos da pandemia de Covid-19.

“Tínhamos desenhado uma PPP para o pedalinho e estudo para utilizar aquela estrutura do antigo teleférico para algo como arvorismo e tirolesa, que ligariam os lagos. Isso está sendo feito. Infelizmente, tivemos que suspender a (avaliação da) PPP por conta da Covid, mas iremos retomar até o início do ano que vem”, disse o chefe do Executivo. “Estamos reformando os parques da cidade. Na nossa agenda estão na pauta o da Juventude, Pedroso e Central. No da Juventude demos largada às intervenções, como iluminação e cobertura da pista. O Central, começo de 2021.”

Paulo Serra justificou que esses equipamentos precisam ser administrados por PPP, não pelo poder público. O escopo do plano não foi traçado quanto a valores ou período de vínculo. O espaço de lazer, com cerca de 842 hectares de Mata Atlântica, fica localizado em área de proteção e recuperação de mananciais. Reúne reservatórios que até pouco tempo geravam a produção de 4% da água distribuída na cidade – o sistema, via ETA (Estação de Tratamento de Água), foi paralisado diante da concessão do serviço de abastecimento à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

A reativação do teleférico, a menos por enquanto, não está no horizonte do governo tucano. O equipamento, que era símbolo do local, registrou inauguração em meados de 1982, ao custo de cera de R$ 7 milhões, só que foi fechado dez anos mais tarde. Desde então segue sem operação e esquecido, sem entrar nos planos de reforma. Ele tem 180 metros de altura da marquise até a terceira torre e um quilômetro e meio de extensão. Em desuso, encontra-se completamente sucateado. O que restou da atração são as duas estruturas de embarque, enferrujadas.

A última grande reestruturação realizada no parque se deu entre 2008 e começo de 2009, quando o espaço ficou dez meses fechado e recebeu R$ 2 milhões em investimento. Em 2018, houve revitalização das quadras, playground na área de churrasqueiras, ciclovia e pista de skate. O recurso era proveniente de compensação ambiental diante das obras do Trecho Sul do Rodoanel. Paulo Serra declarou que o Paço iniciou investimento com infraestrutura no entorno, como iluminação e asfalto. “Quero mudar o conceito do parque no segundo mandato. Isso por meio de PPP. Tem potencial, até saudosismo do pedalinho, do espaço. Estudamos muito, mas só com PPP (para viabilizar). Como abrimos isso aos parques, já tem food trucks, estamos abrindo à iniciativa privada. O andreense gosta de parques, e a cidade é muito bem servida neste aspecto. Vamos implementar esse modelo para esse tipo de serviço nos parques. Lá cabe bem, com toda a preservação do meio ambiente, sustentabilidade, mas com as pessoas aproveitando mais o local.” 




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