Um homem com uma arma abriu fogo nesta quarta-feira contra os estudantes de um colégio de Montreal, matando uma jovem de 20 anos e ferindo outras 20 pessoas, antes de se suicidar, informaram a polícia e a imprensa canadenses.

O ataque ocorreu no Dawson College, um instituto de ensino pré-universitário instalado no centro de Montreal.

A polícia comunicou apenas a morte do autor dos disparos, mas a rádio estatal Canadá informou posteriormente o falecimento da jovem.

"Por ora, há uma morte, a do agressor, que caiu após a chegada dos primeiros policiais ao local", declarou o diretor da polícia de Montreal, Yvan Delorme, sem precisar se o suspeito foi morto pela polícia ou cometeu suicídio.

Posteriormente, a Rádio Canadá informou que "há mais uma morte nesta tragédia, trata-se de uma jovem de 20 anos que faleceu no local".

Segundo Delorme, 20 pessoas foram atendidas no hospital. Algumas chegaram de ambulância e outras, por conta própria. Três feridos estão em estado grave.

O tiroteio começou às 12H45 local (13H45 Brasília) no Dawson College, um instituto pré-universitário onde estudam mais de 10 mil alunos.

"Estávamos na sala de aula. Escutamos os tiros e as garotas gritaram. Abri a porta e vi muita gente correndo. O professor fechou a porta e disse que havia algo grave. Em determinado momento, as luzes se apagaram e escutamos vários disparos, talvez doze tiros", disse à AFP Daniel Harrosh, um estudante de 17 anos.

As autoridades evacuaram o colégio e um prédio de escritórios ao lado, onde há um shopping, no qual as pessoas também ouviram os tiros.

Imagens da TV canadense mostraram jovens apavorados e correndo, enquanto eram retirados do instituto de ensino.

Algumas pessoas em pânico também aguardavam no lado de fora do colégio.

Uma estudante entrevistada pelo canal LCN, Alexandra Nadeau, disse que escutou "entre oito e dez tiros" e viu pelo menos um ferido ser retirado do prédio do instituto.

"Vi o agressor. Estava vestido de preto e atirou contra as pessoas. Nunca senti tanto medo na minha vida", declarou Michel Boyer ao canal CTV.

Após o incidente, o centro de Montreal parou, com o trânsito paralisado e o metrô, que tem uma estação na zona do instituto Dawson, sendo fechado.

O tiroteio trouxe à memória dos canadenses o "massacre" de 6 de dezembro de 1989, quando um atirador abriu fogo contra os alunos da Escola Politécnica de Montreal.

Para se vingar das "feministas", o homem desempregado, de 25 anos, matou 13 estudantes e uma secretária da Escola Politécnica, além de ferir outras 13 mulheres, antes de disparar contra a própria cabeça.

Em agosto de 1992, um professor da universidade Concórdia de Montreal matou quatro outros educadores da instituição.