Um dos maiores nomes da história do xadrez no Brasil, Henrique Costa Mecking, o Mequinho, vai voltar a enfrentar grandes desafios. Depois de ficar um bom tempo afastado - desde 1977 - por causa de problemas de saúde, Mequinho já está se preparando para a sua próxima competiçao. E nada melhor do que voltar a jogar com o atual campeao brasileiro e mestre internacional, Giovanni Vescovi.

Os dois ficarao frente a frente no Desafio de Xadrez, competiçao que acontece entre os dias 7 e 16 de agosto, a partir das 13h, no Centro de Convençoes do Grupo Empresarial de Sao Paulo, e poderá ser acompanhada ao vivo pela internet (www.desafio2000.com.br).

Apesar de estar há 23 anos longe dos tabuleiros, Mequinho já se sente preparado para voltar a competir. O atleta vem treinando forte há três meses. "Acredito que estarei em forma para o desafio. Sei que será um match difícil, mas estou pronto para a volta", explicou. Os treinamentos incluem jogos com o computador e leitura de livros para se atualizar. "Estou recapitulando algumas coisas, mas espero ir bem", disse o jogador, que já está na fase final de preparaçao.

Mequinho, 48 anos, chegou a ser um dos melhores do mundo. Em 1973, chegou ao auge da carreira e participou das semifinais do Mundial de Xadrez. Enquanto isso, Vescovi, 22 anos, está no esporte desde os oito anos, mas também acumulou vários títulos importantes, entre eles o Mundial Juvenil, hexacampeonato Pan-Americano e Campeonato Brasileiro. "Um dos pontos a favor é a minha prática, mas o Mequinho tem experiência e um nível muito alto, nunca alcançado por outro brasileiro", avaliou Vescovi, que começou a jogar xadrez quando tinha quatro anos.

Títulos à parte, o duelo promete, já que Vescovi é uma das maiores promessas do xadrez e forma o trio de ouro brasileiro ao lado de Gilberto Milos e do jovem Rafael Leitao. Mas Mequinho também quer a vitória para começar a caminhada para recuperar a posiçao de primeiro enxadrista nacional, que um dia já foi sua. "Estou tentando voltar desde 1991, mas achava que ainda nao era a hora", analisou Mequinho.

Colaborou Rafaela Garcia