Economia Titulo Paralisação
Cegonheiros da região seguem viagens com cautela por causa da greve dos caminhoneiros

Pistas da Castello Branco, altura de Barueri, foram paralisadas; vias do Grande ABC não foram afetadas

01/02/2021 | 09:28
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Nario Barbosa/DGABC


No início desta segunda-feira (1º), caminhoneiros do Grande ABC se reuniram no pátio de apoio do Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros) no bairro Batistini, em São Bernardo, para decidir o que fazer em relação à paralisação nacional, que teve início hoje. De acordo com o secretário do sindicato, Douglas Santos Silva, as viagens foram liberadas logo que verificou-se que nenhuma rodovia ou via da região havia sido afetada pelos protestos. “Nós recomendamos que os caminhoneiros sigam as entregas com muita cautela. Se perceberem paralisação o ideal é que não forcem a parada”, disse Silva. “A maioria das cargas já saiu do pátio.”

Desde às 6h caminhoneiros interromperam o fluxo de, ao menos, duas pistas da Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri, em São Paulo, para protestar. O bloqueio começou no km 30, sentido Capital. Apesar do tráfego interrompido na Castello, o Ministério da Infraestrutura e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgaram comunicado no qual informam que todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), encontravam-se com fluxo livre de veículos (leia aqui). 

O Sistema Anchieta-Imigrantes enfrenta congestionamento, segundo a concessionária, por conta de excesso de veículos apenas. Na noite deste domingo (31), a juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara Cível de São Bernardo e plantonista do fim de semana, deferiu liminar contra o bloqueio da Via Anchieta e da Rodovia dos Imigrantes, que cortam o Grande ABC (leia aqui).

Lideranças dos caminhoneiros autônomos, transportadores de cargas, convocaram motoristas para uma paralisação a partir de hoje. Entre outras reivindicações, os caminhoneiros querem redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.

Neste domingo (31), um áudio de uma conversa entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e uma liderança local de caminhoneiros, circulou em grupos de Whatsapp, no qual o ministro afirma não ter possibilidade de atender alguns dos principais pedidos do segmento. Freitas confirmou a autenticidade do áudio e confirmou que a conversa ocorreu no sábado (30), mas disse que se tratava, apenas, de esclarecer o papel do governo em cada demanda, o que é possível fazer e o que não é.

 




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