Os sete prefeitos do Grande ABC assinaram na semana passada, no Consórcio Intermunicipal, moção de apoio à recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o chamado 'imposto do cheque' extinto em 2007. Significa que os gestores municipais são a favor de outro tributo, que afetará o bolso do cidadão. Seis deles buscarão a reeleição ano que vem – à exceção de Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, que indicará alguém para representar seu grupo. Os adversários, que já estavam munidos de armas para criticá-los – como projetos parados, má administração, problemas em hospitais e péssimos serviços públicos –, agora falam aos quatro cantos da região que os prefeitos querem onerar ainda mais o bolso do povo, que já está vazio diante da alta inflação, redução de salários, demissões e demais sintomas da crise econômica que afeta as famílias brasileiras. E os prefeitos sequer têm atribuição para resolver se a CPMF volta ou não volta. É o governo federal que tem de elaborar projeto para reativar o imposto e o Congresso precisa aprovar. E mais: se a cobrança retornar, dependendo da regulamentação, pouco ou nada voltará aos cofres municipais. Ou seja, os chefes de Executivo fizeram coro para criação de mais um tributo e podem ficar sem um centavo disso. Até agora o que conseguiram foi a insatisfação da sociedade, maior rejeição popular e dar munição aos rivais. Arrumaram sarna para se coçar.

Só agora?
Fabiano Luiz Avamileno (PT), filho do ex-prefeito de Santo André João Avamileno (PT), começa a ganhar destaque na gestão do prefeito Lauro Michels (PV), de Diadema. Ele é diretor do Sesmt (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), ligado à Secretaria de Gestão de Pessoas. Também trabalhou na administração Mário Reali (PT), mas teve atuação mais apagada do que agora.

Coordenador
O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) reuniu ontem dez vereadores que o apoiaram na eleição do ano passado para comunicar que assumirá a coordenação de campanha a prefeito de Tarcisio Secoli (PT) ao Paço de São Bernardo. O parlamentar ressaltou que o grupo deve permanecer unido na tentativa de o petismo se manter no comando do Executivo, hoje sob tutela de Luiz Marinho (PT). Luiz Fernando ouviu, no entanto, que Tarcisio não tem dado a atenção necessária ao grupo.

Espólio
O PCdoB de São Bernardo realizou domingo uma pré-conferência para discutir os rumos do partido na eleição do ano que vem. A legenda possui dois vereadores: Martins Martins e José Walter Tavares. Este último não compareceu ao evento. Dizem que ele não vai mais disputar cadeira no Legislativo. Inclusive tem usado seu gabinete para tratativas de seu espólio político. O irmão dele, Toninho Tavares, está no PSDB e é pré-candidato à Câmara.

Cobiçado
Empresário do ramo audiovisual de Santo André, Carlos Bataglia está disposto a se candidatar pela primeira vez a vereador. Ainda não tem partido. Mas várias siglas estão interessadas nele, que tem atuação na igreja evangélica Bola de Neve. As conversas podem ir até março, quando expira o prazo para novos filiados participarem do processo eleitoral.