Quem nunca pensou em um dia tomar o lugar de seu super-herói favorito? Encarnar suas ações, atos de coragem e poderes especiais. Com a exceção deste último, a situação não é totalmente impossível. A prática do cosplay permite tudo isso e mais um pouco.
Trata-se de um hobby que vem se tornando cada vez mais popular entre os fãs de famosos personagens da TV, histórias em quadrinhos, animes e mangás. Cosplay é uma abreviação das palavras inglesas Costume (traje, fantasia) e play (brincar).
A prática de se caracterizar como um personagem remonta aos anos 50 em convenções de fãs de quadrinhos e séries de TV que ocorriam nos Estados Unidos.
Nos anos de 1970 e 1980, o cosplay começou a ganhar força nas convenções de desenhos animados no Japão. “No Brasil, existiam eventos em pequena escala nos anos de 1980. A partir de 1992, começaram a ocorrer convenções maiores, principalmente em São Paulo. Após 1994, surgiram no mercado as primeiras revistas do tema”, explica Sérgio Peixoto Silva, diretor comercial e um dos criadores da AnimABC, evento realizado semestralmente na região para os aficcionados na temática.
ATUANDOO cosplay não consiste só em se vestir como os personagens favoritos. Os cosplayers imitam sua personalidade. Para a adepta Maria Carolina Bobadilla Landeau, é uma arte feita com sentimento. “Você utiliza a paixão que tem pelo personagem para representá-lo.”
Ela está em seu décimo cosplay. Mas só utiliza as roupas para ir a eventos. “Não é pra usar como vestimenta do dia-a-dia. Estranho quando vejo alguém fazendo isso”, diz.
O cosplay não é tão fácil de achar. Ao contrário das fantasias comuns, não são fabricadas em grandes escalas. A solução é garimpar alguma costureira que tope o serviço. “Fiz as minhas roupas num ateliê em São Bernardo”, afirma Carolina. Os preços variam. Pode custar R$ 50 ou R$ 1.000.
AMIZADEOs praticantes também defendem a arte como meio de troca de experiências. As amigas Jessika Kaory Shimzato, Leticia Passoni Caldo e Juliana Souza Farias foram unidas pelo cosplay. Esta última, conheceu o hobby na internet, enquanto Letícia apresentou a arte para Kaory.
As três defendem que é um hobby como qualquer outro. “É muito importante falar que os cosplayers têm vida social”, afirma Letícia que também é escoteira. “Minha mãe gosta e me apóia”, afirma Juliana.
De acordo com Sérgio Peixoto Silva, o cosplay não precisa necessariamente de um desenho japonês, mas acabou se vinculado fortemente com as produções asiáticas. “Cerca de 80% do público que faz cosplay prefere fantasias de desenhos animados, mangá ou videogames de origem japonesa.”Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.