"A vocês, irmãs, peço urgentemente que façam tudo que for possível para que a vida, qualquer vida, seja respeitada desde a concepção até seu fim natural", pediu João Paulo II, com grandes dificuldades para terminar sua homilia. O papa mostrou mais uma vez sua oposição ao feminismo radical, que foi o motivo de uma carta dirigida aos bispos da Igreja Católica há 15 dias. Além disso, o Vaticano reiterou na semana passada sua condenação à clonagem de embriões, depois que o governo britânico autorizou a realização de experiências nesse campo.
As palavras do papa provocaram os aplausos das cerca de 300 mil pessoas reunidas, segundo dados divulgados pela Conferência Episcopal francesa. Trêmulo, apoiando a cabeça nas mãos e sem poder evitar por momentos expressar a dor, João Paulo II comandou a missa de duas horas e o angelus posterior até o final, apesar do intenso calor que o obrigou a pedir no meio da cerimônia um copo d'água.
Esta é a oitava viagem do papa à França e a segunda a Lourdes. O pontífice é um fervoroso devoto da Virgem Maria. Na missa solene, o governo francês foi representado pelo ministro do Interior, Dominique de Villepin, e pelo ministro da Previdência e ex-prefeito de Lourdes, Philippe Douste-Blazy.
Além disso, João Paulo II presidiu a eucaristia acompanhado de dezenas de cardeais, bispos e sacerdotes franceses e do mundo inteiro, além de um seleto grupo de colaboradores pessoais que acompanhavam a todo momento seu estado de saúde. O papa rezará ainda sozinho diante da Virgem de Lourdes antes de voltar a Roma na tarde deste domingo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.