O câmbio "africano" diz respeito à produçao local de maconha, que pode ser trocada ou vendida, transformando-se em "moeda forte" em uma regiao que freqüentemente convive com a inflaçao. Neste caso, "a lavagem melhora o dia-a-dia" e raramente chega aos bancos.
Esta troca também pode acontecer em maior escala quando o dinheiro "sujo" serve para comprar "outros produtos de grande valor", como ouro e diamantes, além de café e cacau.
O OGD destaca que "a troca nao é praticada apenas no continente africano, mas também em outras regioes do mundo, particularmente nos países que formavam a ex-Uniao Soviética.
As transaçoes bancárias "informais" sao moeda corrente na Africa austral (sul). O dinheiro lavado dessa forma permite que os traficantes se "beneficiem de vantagens fiscais e facilidades de investimentos, principalmente durante os programas de privatizaçao".
O OGD sublinha que "para os traficantes, a lavagem também significa implicar os representantes do poder e os da economia formal em suas atividades". No Caribe, por exemplo, "a corrupçao assumiu um caráter endêmico ao nível dos poderes político e administrativo", acrescentou o Observatório.
Para o OGD, essas práticas de lavagem de dinheiro no Hemisfério Sul têm "efeitos perversos", pois nao contribuem para o desenvolvimento da regiao. Pior, sao um "fator de regressao".
"O desemprego aumenta, as instituiçoes democráticas sao abaladas, o Sul empobrece há 15 anos", segundo o relatório.
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