Na semana passada, Izidoro Herrador completou 75 anos. Toda uma vida em São Caetano
Izidoro Herrador.
Nascimento: São Caetano, 15-1-1934.
Filiação: Antonio Valeriano Herrador e Paula Hernandes Vila.
Primeiro ofício: entregador de pão.
Profissão: industriário da GM.
Na semana passada, Izidoro Herrador completou 75 anos. Toda uma vida em São Caetano. Fez carreira na General Motors do Brasil. Começou como lubrificador, aposentou-se como mecânico de manutenção, com mais de 30 anos de carreira, o que lhe valeu um relógio de ouro pelos 25 anos de casa, um botão de ouro pelos 30 anos e o ingresso automático ao Clube dos 30. Mas o diferencial na sua vida - que hoje é importantíssimo para a própria história da cidade - foi a experiência que Izidoro Herrador teve como entregador de pão.
Tinha 11 anos quando começou. Seguia com Luiz Benedetti, o seu segundo pai. Iam de carroça, puxada pela mula Boneca. A freguesia os aguardava em bairros antigos, nem todos com nomes mantidos até hoje. Vila Barcelona sim, Vila Camila não; Vila Gerty sim, Vila Olinda não; Vila São José sim, Vila Ressaca não...
A pequena (geograficamente) São Caetano tem esse costume: trocar os nomes das suas vilas. O que era Monte Alegre Novo virou bairro Olímpico. Daí a importância de a cidade ouvir mais concidadãos como Izidoro Herrador, que lembra:
1: Antigamente todos se conheciam em São Caetano.
2: Monte Alegre era o bairro dos espanhóis.
3: Cerâmica tinha muitos italianos.
4: Santa Maria, chacareiros portugueses.
5: Vila Paula, húngaros - ou seriam "hungareses"?
6: Vila Ressaca, alemães.
7: No Centro, o Trianon, um bar-e-restaurante impecável da Avenida Francisco Matarazzo.
8: Na Rua Amazonas, o bar do Carvalhinho, ponto de encontro dos jogadores do Monte Alegre que cedeu espaço à Padaria Brasília.
Izidoro Herrador entregava pão na chácara do doutor Souza Voto, e quem o atendia era o caseiro, ‘seo' Antoninho.
AMANHÃ
Lembrança do filão, da bengala e do almofadinha. Pão de água, de cerveja e a panhoca, redondo, quase um pão italiano, mas bem molinho.
Domingo, 18 de janeiro de 1959
Santo André - Rua Visconde de Mauá, na Vila Assunção: lugar de pestilência.
Educação - A história do Ginásio e Escola Normal Santa Terezinha, na Alameda São Bernardo, em Santo André: um projeto dos professores Eliseu Fedri e Severino Colussi.
Futebol - EC Vila Pires, campeão amador do ABC.
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quinta-feira, 18 de janeiro de 1979
Manchete - Egydio (Paulo, governador de São Paulo) respeita os críticos mas faz a defesa do Sanegran
São Bernardo - Cidade ainda é atração para favelados.
Ribeirão Pires - Lançado o 1º Salão da Paisagem.
Editorial - Sr. Paulo Maluf, o Grande ABC pede atenção
Polícia - Outra morte na represa Billings: quatro afogamentos em três dias.
HOJE
Dia Internacional do Riso.
EM 18 DE JANEIRO DE...
1894 - Nasce, em Veneza, Virgínia Corazza Ritucci, a dona Nena, que veio menina para São Bernardo e aqui viveu mais de 100 anos. Na juventude, lavou roupa no córrego dos Meninos, que foi canalizado nos anos 1970 para a construção da Avenida Faria Lima.
1954 - São Paulo comemora o dia do Cronista Carnavalesco e o 19º aniversário do Centro Paulista de Cronistas Carnavalescos.
SANTOS DO DIA
Amancio, Beatriz de Vicência, Liberato, Margarida da Hungria, Prisca e Regina Prottmann.
Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC
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