A coalizão do PPS, DEM e PEN, que elegeu cinco vereadores em Diadema no arco de aliados do prefeito reeleito, Lauro Michels (PV), mantém diálogo com os nomes da oposição para conquistar o Legislativo, a despeito da tentativa de aproximação do verde.
Um dos articuladores do bloco, o secretário de Transportes, José Carlos Gonçalves (PPS), sustentou que o trabalho é pela sustentação a Lauro no segundo mandato, a partir de janeiro, porém, pregou reconhecimento e autonomia para justificar a candidatura à presidência da Casa.
A fala de Zé Carlos destoa da postura apresentada por Lauro, no dia da diplomação, que abordava sobre realinhamento de 14 vereadores para garantir sua governabilidade.
“Respeito o núcleo duro do governo, mas não entendo assim. Em uma democracia é preciso falar e ouvir. Nós temos de nos valorizar. Com diálogo é possível tudo. Agora, há política da imposição e com essas conversas de que houve quebra de confiança. Isso não tem nada a ver. Vivemos em uma democracia. A partir do momento em que não podemos falar com ‘A’ ou com ‘B’, fica difícil”, pontuou Zé Carlos.
O grupo de siglas elegeu Salek Almeida (DEM), Audair Leonel (PPS), Companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS), Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha (PPS), além de Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho (DEM), escolhido para ser o candidato à presidência do Legislativo.
Para mostrar força a Lauro, o bloco iniciou articulação com nomes de vereadores eleitos do PT, PRB e PR, oposição a Lauro, para contabilizar 12 votos na eleição interna da Casa.
Diante de impasse, o chefe do Executivo anunciou rompimento com a ala e admitiu governar no segundo mandato com minoria de votos no Parlamento. Dias depois, o bloco e o governo iniciaram outra conversa em busca de entendimento. Lauro, inclusive, já dava como certo o realinhamento e preparava para esta semana debate para formação de chapas.
Porém, a coalizão não teria aberto mão de comandar secretaria de destaque na administração e, mesmo assim, seguiu com o direcionamento de preservar o combinado com os oposicionistas como uma segurança em eventual rompimento com o governo no futuro.
Até o momento segue incerta a permanência de Zé Carlos em Transportes.
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