Impressionante a diferença da repercussão das derrotas do Brasil e Argentina. Definitivamente os argentinos chegaram como um dos favoritos, mas não co
Impressionante a diferença da repercussão das derrotas do Brasil e Argentina. Definitivamente os argentinos chegaram como um dos favoritos, mas não conseguiram conquistar o coração do torcedor sul-africano.
Normalmente, entre torcedores, no mundo inteiro, há muitos fanáticos ligados a torcidas organizadas e apoiam seu clube como se aquilo fosse a vida ou a morte.
Copa do Mundo é diferente. Os torcedores se misturam, vêem os jogos lado a lado e o máximo que se tem de transgressão é um ou outro ficar embriagado.
A torcida africana também leva em conta a história das seleções e o comportamento dos seus jogadores. Assim acaba apoiando os times que deixaram legados positivos.
Indiscutivelmente a Argentina teve um dos maiores e melhores jogadores do mundo: Diego Maradona. Mas todos conhecem o seu passado e a sua prepotência.
O Brasil teve Pelé, Garrincha, tem Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, entre outros.
Nossa Seleção caiu diante da Holanda mostrando falhas de seu goleiro e defesa, mas não perdeu o carinho e simpatia dos torcedores sul-africanos.
Enquanto isso, a goleada da Alemanha provocou uma reação de chacota e desprezo pela Argentina. Parece que os africanos descontaram agora a visível arrogância que os portenhos mostraram antes.
Duas seleções campeãs, cotadas para disputar a final no Soccer City foram embora mais cedo. Com certeza, o Brasil ficará no coração dos sul-africanos. O sentimento pela Argentina não deve ser o mesmo.
BASTIDORES
A delegação do Paraguai embarcou no aeroporto de Joanesburgo aplaudida e respeitada. A performance contra a Espanha foi digna de elogios. Os espanhóis reconheceram a força e o belo futebol mostrado. Argentinos e brasileiros estão no mesmo nível do Paraguai; caíram nas quartas de final.
Angela Merkel veio à África para assistir Alemanha e Argentina. Comentou com as autoridades que como o jogo foi em um sábado ela estava de folga. A primeira-ministra voltou para seu país prometendo estar na África, de novo, no dia 11, caso sua seleção dispute a final. Para evitar fofocas da oposição, felizmente, para ela, a final é domingo.
Franz Beckembauer e Michel Platini estarão no dia 7 no Centro de Convenções de Sandton. O lançamento da logomarca da Copa de 2014 deverá atrair também o presidente sul-africano Jacob Zuma e outras autoridades. É possível que até lá o nome do novo técnico seja divulgado.
Pesquisa feita por um site esportivo sul-africano mostra que Carlos Alberto Parreira está no coração dos torcedores. A imprensa, no entanto, que a Federação contrate um treinador que já conheça as virtudes e os defeitos do futebol local. A decisão acontecerá após agosto.
TOQUE FINAL
Copa do Mundo é o maior acontecimento do futebol. Tudo é feito de tal forma que parece que buscam a perfeição.
Tanto melhor se o país-sede for desenvolvido e tiver experiências na organização de outros grandes eventos. Até pelo terceiro-mundismo da África do Sul, percebeu-se falhas na organização, não vistas, por exemplo, na Alemanha, Japão, Coréia, Estados Unidos e França.
O gramado dos estádios é sempre muito bom, os lugares nas arquibancadas são marcados, reservados e garantidos para o portador do ingresso.
As áreas comuns são limpas e bem conservadas. Os serviços irretocáveis. Busca-se com isso respeitar o torcedor.
Os horários são cumpridos à risca, porque tempo é dinheiro. Um minuto de satélite custa muito e mesmo com o cerimonial e todas as atividades programadas para antes, durante e depois dos jogos, tudo é feito de uma forma tal que nunca descumprem o roteiro.
Por que não é assim também no Brasil? A falta de organização seria também falta de educação ou incompetência?
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