A andreense Daniele Hypolito poderá ser julgada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por não ter participado da etapa brasileira da Copa do Mundo de Ginástica, realizada no início do mês, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Vicélia Florenzano, pretende encaminhar o caso para julgamento.

"O caso dela foi de indisciplina. A Daniele abandonou a seleção. Não serei eu que vou dizer o que ela terá de fazer, sim o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ela tem de ser ouvida pelo tribunal", disse a dirigente. Para Vicélia, a alegação de que a atleta teria ficado magoada por ter sido escalada para competir em apenas um aparelho (a trave), não é motivo suficiente para abandonar a equipe no meio de uma competição. "Queremos uma solução justa, e principalmente, nesses casos, que o desacato ao técnico não se torne comum", completou.

A dirigente defendeu a decisão do técnico ucraniano Oleg Ostapenko de retirar Daniele dos outros dois aparelhos (barras assimétricas e salto) por estar fora de forma. Por isso, não apresentou o mesmo desempenho do passado. "Ela não tinha a mesma performance de antes e sabia que não competiria em todos os aparelhos. Se o Oleg não tivesse consideração a ela, a deixaria fora de todos", disse.

Desde que deixou a seleção, no dia 7 de abril, um dia antes da abertura da competição internacional, Daniele retomou os treinamentos com a equipe do Flamengo, no Rio.