Kirchner viaja pela primeira vez a Bruxelas e, durante a viagem se reunirá com o presidente da UE, Romano Prodi, e vários comissários europeus, junto com os ministros Roberto Lavagna e Rafael Bielsa.
O comissário de Comércio, Pascal Lamy, debaterá com o novo presidente argentino e seu chanceler "como melhorar a situação dos serviços europeus", já que o decreto de dezembro em que foi decidido o aumento das tarifas de serviços foi anulado pela justiça argentina.
As tarifas de vários serviços públicos caíram devido à desvalorização da moeda em janeiro de 2002, com a pesificação (conversão a pesos de uma economia virtualmente dolarizada) e seu congelamento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) exige o aumento destas tarifas para chegar a um novo acordo de reprogramação da dívida com a Argentina.
Além disso, a Comissão Européia estima que "este aumento não foi suficiente". Lamy também pedirá aos dirigentes argentinos uma solução para as altas tarifas nos aeroportos do país "cobradas a nossas companhias aéreas que operam na Argentina". Várias empresas européias, entre elas a espanhola Telefónica, as francesas de energia e águas EDF e Suez, a energética italiana Camuzzi e a americana Enron entraram com queixas no Banco Mundial.
Os europeus também transmitirão a Kirchner sua preocupação com a questão das próprias patentes, usadas na Argentina sem autorização para a fabricação de medicamentos, pelo que solicitarão uma vigilância maior em relação ao assunto.
Kirchner, que viaja a Bruxelas procedente de Londres, responde a um convite de Romano Prodi, para falar sobre a situação da Argentina e do Mercosul.
O presidente argentino exporá suas propostas para seu mandato, entre elas a criação do programa 'Fome mais urgente', e sua vontade de relançar o Mercosul junto com o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e dar continuidade às negociações com a União Européia (UE) para um acordo de associação que inclua o livre comércio.
Prodi expressará o apoio da Comissão Européia ao novo governo e a seu programa de reformas.
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