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Clube mais antigo de Mauá em atividade inova para sobreviver
Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
06/07/2007 | 07:06
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O clube mais antigo de Mauá em atividade recorre à criatividade para sobreviver. A Associação Atlética Industrial, fundada em 1921, passa pelas mesmas adversidades da maioria das equipes poliesportivos. As receitas minguam diante das variadas alternativas de lazer para associados em potencial e, por isso, a busca por atrativos diferenciados é a alternativa para que o vermelho das contas não se transforme em insolvência irreversível.

O bacharel em Direito e Comunicação e com atividades na área financeira, Carlos Binder, 48 anos, está no início do seu segundo mandato à frente do tradicional clube, mas mesmo antes de ocupar a presidência já sabia das dificuldades.

“Recorremos a modalidades diferentes de títulos, além daquela tradicional de fundo social, e os resultados têm aparecido aos poucos. Uma delas é a de título usuário, que por R$ 250/ano se estende a cinco pessoas. Lançamos também o título verão, com duração de quatro meses”, explica Binder.

De clube que chegava a receber cerca de 7 mil pessoas em fins de semana, nos anos 1980, o Industrial tem hoje cerca de 2 mil associados.

Receita - Binder evita falar em números, mas numa estimativa de três dependentes para cada sócio titular, a receita mensal aproximada chega a R$ 9 mil. O título, vendido a R$ 750, tem um custo de manutenção de R$ 30 mensais por família. A receita dos associados e o aluguel da sede social, no centro da cidade, mantêm o clube e o pagamento de 15 funcionários.

O Industrial participa de competições em três modalidades: vôlei masculino (categorias de base), futsal feminino e bocha.

Duas piscinas semi-olímpicas, uma média, uma infantil, dois ginásios, quadra de tênis, quadra de areia e a sede social fazem parte do complexo do Industrial. Carlos Binder admite que os espaços, em períodos ociosos, podem ser utilizados em parceria com o Poder Público.

“Temos conversado, nós do Industrial e do Independente, com o Chico do Judô, secretário de Esportes. Buscamos uma definição na política de esportes da cidade, se é de formação e retenção das revelações, ou se é só de formação de atletas”.

Apesar de participar de reuniões com dirigentes do Independente, clube duas décadas mais jovem, o presidente do Industrial garante que uma fusão jamais foi discutida. Binder sorri e define: “Se eu falar em fusão, serei excomungado até a minha 293ª geração”, garante.




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