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Sabesp vai assumir gestão do lixo em Diadema por 40 anos

Companhia avisa acionistas sobre acordo para executar serviço de destinação final de resíduos sólidos; investimentos ainda não são detalhados

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
08/07/2020 | 10:00
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A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou que vai assumir a gestão do lixo em Diadema, fazendo valer autorização dada pelo município em fevereiro.

Em comunicado ao mercado divulgado na sexta-feira (3), a estatal disse que o acordo vale por 40 anos. Não foi detalhado, entretanto, o investimento previsto na operação.

“A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), em continuidade ao comunicado ao mercado divulgado em 13 de fevereiro de 2020, que que trata da lei municipal aprovada pelo município de Diadema que permite à Sabesp tratar os resíduos sólidos urbanos da cidade, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi assinado contrato para a prestação de serviços de tratamento e destinação final de resíduos sólidos e arrecadação de taxa do lixo no município de Diadema pelo prazo de 40 anos”, diz o informe. “A companhia já trabalha em projetos inovadores voltados à economia circular. O tratamento de resíduos sólidos vai ao encontro do compromisso da Sabesp com a sustentabilidade, qualidade de vida e também com os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).”

Quando a proposta foi enviada à Câmara, em fevereiro, o prefeito Lauro Michels (PV) disse que a parceria com a Sabesp, além de vislumbrar atendimento de diversos dispositivos para melhoria do saneamento básico e destinação correta dos resíduos sólidos, iria “viabilizar a redução dos gastos públicos” com o tratamento e envio correto do lixo, “além de propiciar o emprego de novas tecnologias ambientalmente mais adequadas na gestão de resíduos sólidos”.

Atualmente, a coleta é terceirizada e está nas mãos da Sustentare Saneamento e, em 2019, o contrato girou na casa dos R$ 14,4 milhões. Juntando a operação do transbordo e destinação de resíduos domésticos, o custo atinge a marca de R$ 35 milhões. A Prefeitura cobra do munícipe a taxa do lixo, tributo que chega a R$ 17 milhões de arrecadação anual.

O projeto de lei citou os termos “reutilização, reciclagem, compostagem” e sugeriu a utilização dos resíduos para geração de energia a partir do lixo. Entretanto, o projeto não detalha se a tecnologia será mesma utilizada. Houve também aval para cessão, à Sabesp, de área de 48,2 mil metros quadrados, na divisa entre o Jardim Inamar e o Eldorado, para a instalação de uma usina de incineração. Atualmente o terreno abriga o DLU (Departamento de Limpeza Urbana), estação onde é feito o transbordo dos resíduos para o aterro. 

ACORDO
Em 2014, o governo de Lauro Michels transferiu os serviços realizados pela extinta Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) para a Sabesp, que cobrava dívida que chegava na casa de R$ 1,2 bilhão - o montante se acumulou pelo rompimento de contrato unilateral nos anos 1990 e pela diferença do pagamento pelo metro cúbico de água fornecido pela estatal à autarquia municipal.




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