Fabiana Bozzella e Carlos Panini, ex-secretária de Gabinete e ex-titular de Cultura do governo Aidan Ravin (PSB), de Santo André, respectivamente, não compareceram ontem à CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) para prestar esclarecimentos sobre possíveis irregularidades na autarquia. Ambos foram convocados oficialmente há três semanas para depor na oitiva, que abordaria problemas levantados em contratos da festa junina de 2012. Eles encaminharam documento justificando a ausência.

É a segunda vez que Panini falta à agenda da comissão. Por ofício, o ex-secretário de Cultura alegou novamente que não pôde se apresentar por motivos de saúde, anexando atestado médico. Fabiana, por sua vez, sustentou que havia assumido compromissos anteriores. Como de praxe, os dois se colocaram à disposição para outra data. Presidente da CPI, o vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), mencionou que “é estranha” essa postura. “Queríamos só tirar dúvidas, mas não entraremos no mérito.”

Uma das pendências se refere ao valor do edital a partir de R$ 40 mil pela operação do parque de diversões, licitada pela Craisa. “Existe informação que uma empresa ganhou o certame, entrou dinheiro em caixa, só que não aparece na prestação de contas”, afirmou Montorinho, ao relatar que a auditoria da FGV (Fundação Getulio Vargas), contratada para aferir eventuais ilicitudes no processo, apontou pagamento de R$ 50 mil para vencer a concorrência. “Agora estudamos outra estratégia para chamá-los (a novo depoimento).”