Política Titulo São Bernardo
Demitida por manifesto contra PT, funcionária aciona MP

Elaine Gomes da Silva confirmou a medida perante governo Marinho após desligamento

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
01/04/2016 | 07:32
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Demitida da Prefeitura de São Bernardo pela secretária de Saúde, Odete Gialdi (PT), após manifesto contra o governo Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Elaine Gomes da Silva confirmou ontem que vai ingressar com ação no Ministério Público contra a administração são-bernardense, chefiada por Luiz Marinho (PT).

Assistente técnica na Pasta, contratada pela FUABC (Fundação do ABC), Elaine Gomes foi desligada da gestão petista no dia 18, um dia depois de publicar foto no Facebook, ao lado de outros funcionários do setor (seis no total e também demitidos), durante o expediente e dentro do local de trabalho, com roupa preta, em forma de protesto. Na ocasião, o gesto simbolizava repúdio contra ações de Dilma, que naquela semana nomeou Lula como ministro-chefe da Casa Civil.

Chefe da Pasta, Odete confirmou que o desligamento foi por motivo político. O diálogo que oficializou a demissão de Elaine foi gravado. “Eu acho que todo o servidor público... que não entrou por concurso, que é remunerado com recurso público, e nós, como tal, não podemos utilizar o espaço público para nos manifestar. Eu não vim de vermelho. Eu não uso a estrela do PT”, disse Odete em um dos trechos. Elaine trabalhava há oito anos na administração petista.

“Procurei advogados e a orientação é por uma ação no Ministério Público. O áudio confirma tudo o que foi falado e a postura da Odete. Naquele dia eu vesti preto e a foto foi publicada. Não disse nada mais. Muitos vêm de vermelho e falam um monte de coisa para o PT e não acontece nada”, justificou a ex-funcionária pública.

A demissão de Elaine ocorreu justamente no dia em que foi organizado maior evento petista em apoio a Lula, realizado na Avenida Paulista, na Capital, que reuniu 95 mil pessoas.

Além da ação no MP, Elaine informou que também vai acionar a Justiça trabalhista. “Não queria nada disso, mas não tive chance de me explicar. Vou acionar a causa trabalhista, pois era registrada como assistente e estava executando função de coordenadora. Vou atrás dos meus direitos”, pontuou.
 




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