O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), adota discursos diferentes sobre possível retorno do presidente do PSB municipal, Manoel José da Silva, o Adelson, ao comando da Secretaria de Segurança Alimentar.

Enquanto o socialista alega que o chefe de Gabinete, Marcos Michels (PV), lhe assegurou volta à Pasta após a eleição, Lauro não banca retorno do secretário e disse que, após o pleito, “a conversa será com os dois vereadores do partido”, Vaguinho do Conselho e Célio Boi.

Adelson foi demitido do governo na semana passada, após optar por apoiar candidatos diferentes dos abençoados pelo Paço. À revelia da orientação de Lauro em dar suporte aos postulantes a deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e Regina Gonçalves (PV) e ao vereador Márcio da Farmácia (PV), na busca por assento em Brasília, Adelson tem pedido votos para o afilhado político Frank Miller (PSB) e para o ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos Jorge Abssamra, candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados, respectivamente.

“O Adelson pediu exoneração, porque não queria apoiar os candidatos do governo e eu achei a postura correta. Qualquer eventual retorno dele só vai ser definido após a eleição”, desconversou Marcos Michels.

Na segunda-feira, antes de deixar a Pasta, Adelson convocou funcionários para comunicar que sua ausência seria temporária e garantir que expulsará Vaguinho e Célio Boi caso a dupla esteja negociando ingresso à administração sem consentimento do comando do partido. “Os vereadores não estão autorizados a falar pelo partido”, frisou o ex-secretário.