O cenário atual dos funcionários da empresa são-bernardense Biolife não é nada animador. Depois de fechar as portas nesta semana sem aviso prévio e deixar 150 trabalhadores na mão, todos os equipamentos e mobiliário da empresa de análises clínicas foram retirados do prédio, no Centro da cidade, na manhã de ontem. Após o fechamento do estabelecimento, os donos da empresa não foram mais encontrados.
"Fizemos reunião com cerca de 50 funcionários para explicar o que podia ser feito, mas é algo muito complicado", salienta o presidente do SindSáude ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privados de Saúde), Waldir Tadeu David.
A maior preocupação da entidade é com funcionários que possuíam estabilidade no emprego - que eram cerca de 15% dos trabalhadores - e que agora devem enfrentar batalhas judiciais para conquistar os direitos. O presidente do sindicato lembra ainda que 70 homologações da firma marcadas para esta semana foram canceladas sem explicação.
Os problemas do espaço começaram em 2009, quando o contrato com Prefeitura de São Bernardo para atender à Saúde municipal terminou. Com 99% do trabalho voltado à atender este serviço, o cancelamento do acordo dificultou o andamento dos negócios. Por isso, em manobra judicial, a empresa conseguiu estender o tempo do contrato por mais um ano, até dezembro de 2010.
Durante este tempo, colaboradores deixaram de receber benefícios como vale-transporte e cesta básica e começaram a ser moralmente assediados por diretores.
Apesar dos problemas datarem de 2009, em rede social na internet focada no mundo corporativo, a Biolife ainda destaca que o faturamento no ano passado foi de R$ 8 milhões.
Com o fim do contrato, a Prefeitura de São Bernardo confirmou, em nota oficial, que todos os débitos com o estabelecimento já foram quitados e que o atendimento à população não sofreu prejuízo.
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