Política Titulo Mauá
Diniz Lopes se une a
Ozelito e Chiquinho

Julgamento do ex-prefeito definirá os papéis na aliança,
que ameaça minar a polarização nas eleições em Mauá

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
25/06/2012 | 07:35
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A corrida pela Prefeitura de Mauá registrou ontem ingrediente que poderá minar a polarização da eleição, prevista para ocorrer entre os deputados estaduais Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB). Convenções do PR e do PTB mostraram que o ex-prefeito Diniz Lopes (PR) se uniu ao vereador Irmão Ozelito (PTB) e ao ex-prefeiturável Chiquinho do Zaíra (PTdoB) para formar frente capaz de desbancar o favoritismo dos parlamentares.

Os encontros foram iniciados no mesmo horário (às 10h). Diniz acelerou seu discurso na casa de shows Cocke Luxe e saiu apressado para prestigiar o ato do PTB, liderado por Ozelito e Chiquinho, no Grêmio Mauaense. Ele esteve acompanhado durante toda a manhã (inclusive na convenção do PR) do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios na Grande São Paulo, Geraldo Gonçalves Pires, integrante do diretório do PTB de Poá.

Ainda na Coke Luxe, se colocando como candidato a prefeito, Diniz antecipou que "essa semana muita gente vai ter surpresas divinas" na eleição e que "algumas partes poderão se unir para que o bem vença o mal". No Grêmio Mauaense, disse estar junto de Ozelito "no combate ao mal" e que aceitaria "tranquilamente" ser o vice do petebista, vaga para a qual foi indicado Renato Abreu (PMN) em sua chapa.

No entanto, ninguém ousou falar sobre o desfecho do acordo. Os papéis de cada um na aliança só serão definidos quando houver parecer jurídico definitivo sobre a reprovação das contas de 2004 da Câmara de Mauá. Comandante da Casa na época, Diniz pode ficar inelegível se não conseguir reverter a sentença do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Se obtiver êxito e se livrar da Lei da Ficha Limpa, Diniz será o candidato a prefeito da frente, com Ozelito como vice. Caso contrário, o postulante ao Paço da intitulada terceira via será o petebista, com Renato Abreu compondo a chapa. Neste cenário, o PR formaria coligação para a eleição à Câmara com PTB, PMN ou PTdoB.

Na convenção de ontem, apenas 21 republicanos foram apresentados como candidatos a vereador, número inferior ao necessário para a formação de chapa pura ao Legislativo: 36. A situação, que obriga coligação no pleito proporcional, é mais uma evidência da iminente aliança entre Diniz, Chiquinho e Ozelito.

"Estamos juntos nesta luta. O povo de Mauá precisa mais uma vez do Diniz Lopes no comando da Prefeitura. Conte com o Geraldinho para pedir votos", declarou o petebista Geraldo Gonçalves Pires.

Principal articulador da terceira via, Chiquinho (que será candidato a vereador) afirmou que "em política tudo pode acontecer". Ozelito garantiu que por sua vontade não deixa a cabeça da chapa. "Mas se o PR nos apoiar, não terá coisa melhor."




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