Política Titulo Migração
Alto escalão tem 18 pré-candidatos

Lista regional aponta que 13,7% dos secretários cogitam concorrer a vaga de deputado em 2018

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/11/2017 | 07:23
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DGABC


A pouco mais de 11 meses do processo eleitoral do ano que vem, 18 representantes do alto escalão das prefeituras do Grande ABC cogitam entrar na disputa por vaga de deputado (estadual e federal). Lista regional levantada pelo Diário aponta que 13,7% dos atuais secretários – são 131 no total – trabalham com a possibilidade de viabilizar candidatura, embora todos ainda permaneçam no cargo em comissão. O prazo para desincompatibilização do posto, conforme estabelecido pela Justiça Eleitoral, é de seis meses antes do pleito. Os concorrentes necessitam deixar os respectivos governos até o início de abril, o que já cria especulação quanto ao período da saída e os futuros substitutos.

Neste ranking das sete cidades, a recordista de cotados à empreitada é Santo André, com cinco nomes – única cidade, até agora, que não perdeu integrantes do primeiro escalão. O prefeito Paulo Serra (PSDB) não se posicionou, no entanto, sobre a hipótese de apoiar quadros locais. Os secretários Edson Sardano (PTB, Segurança), e Ailton Lima (sem partido, Desenvolvimento Econômico), por exemplo, se colocam como postulantes à Câmara Federal – em outra conjuntura, ambos já tentaram assento em Brasília. Marcelo Chehade (PSDB, Esportes), Fernando Marangoni (DEM, Habitação) e Donizeti Pereira (PV, Meio Ambiente) têm sido cogitados para lançar projeto à Assembleia Legislativa.

Na região, o último componente do alto escalão a fazer essa ponte com sucesso – pedir exoneração do cargo e ser eleito no pleito subsequente – foi Atila Jacomussi (PSB), em 2014, à época pelo PCdoB. Na ocasião, deixou o posto de então superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), no governo do prefeito Donisete Braga (PT). Antes deste episódio, havia sido Mário Reali (PT), em 2002, quando presidiu a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). Outra passagem parecida – embora fora dos limítrofes e acumulando bagagem parlamentar – se deu com o ex-prefeito diademense José Augusto da Silva Ramos (PSDB). Foi eleito deputado estadual em 2006, depois de se afastar da subprefeitura da Capela do Socorro, na Capital.

Maior cidade do Grande ABC, São Bernardo tem quatro nomes citados – Marcelo Lima (SD, Serviços Urbanos), Alex Mognon (PSDB, Esporres), Ademir Silvestre (PHS, ETC SBC) e Hiroyuki Minami (PSDB, Desenvolvimento Econômico). O município estava no mesmo patamar da vizinha Santo André até a semana passada, só que a exoneração de Mario de Abreu (PSDB) da Secretaria de Gestão Ambiental reduziu esse índice. O tucano foi demitido após operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), sob acusação de cobrança de propina para liberação de licenças.

Número idêntico de pré-candidatos em São Bernardo aparece no quadro de Mauá. Em Diadema, três correligionários do prefeito Lauro Michels (PV) são mencionados em eventual disputa, entre eles o da mulher do verde, Caroline Rocha. São Caetano e Ribeirão Pires têm um nome cada. 




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