Secretarias de Saúde de duas cidades do Grande ABC investigam mortes que podem ter sido causadas por dengue. Os óbitos – um em Santo André e um em Mauá – ocorreram neste mês. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, teve surto na região em 2015, quando foram registrados 7.403 casos autóctones (contraídos no próprio município) e sete vítimas fatais.

No município andreense, um jovem de 27 anos, morador do Condomínio Maracanã, morreu no dia 9 e, de acordo com a Prefeitura, o caso levantou suspeita de dengue devido aos sinais hemorrágicos do paciente antes do óbito. Material coletado foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz – ligado ao governo estadual e que faz o laudo de confirmação – para investigação. O exame também avaliará se o óbito foi causado por febre maculosa, leptospirose e meningite. O prazo médio para resultado é de um mês. “O caso encontra-se em investigação com relação à autoctonia e hipótese diagnóstica”, disse a administração em nota.

De acordo com as informações da Secretaria de Saúde da cidade, antes de ser internado, no dia 8, no Centro Hospitalar Dr. Newton da Costa Brandão, o Hospital Dia, o rapaz apresentava queda das plaquetas, porém não dos leucócitos, “o que normalmente acontece com o paciente que tem dengue”. A Pasta acrescentou que o paciente estava com diarreia, “que não é um sintoma convencional desta doença”. De primeiro de janeiro a 2 de setembro, a cidade registrou doze casos autóctones de dengue contra 314 no mesmo período do ano passado.

Em Mauá, a morte investigada ocorreu na segunda-feira. Trata-se de uma mulher de 37 anos que residia no bairro Sônia Maria. Os exames em análise, além de dengue, também avaliarão a hipótese de leptospirose, leishmaniose e febre maculosa. O resultado segue o prazo de 30 dias. Desde janeiro, o município contabilizou três casos autóctones de dengue, contra 260 no mesmo período de 2016.

São Bernardo não registrou nenhum caso autóctone de dengue neste ano; já de janeiro a setembro do ano passado, foram 897 confirmações da doença. Em Diadema, foram seis registros, contra 424 em 2016. As demais cidades não informaram.