Cultura & Lazer Titulo Indiana Jones
O velho Indy de novo

4º filme da série Indiana Jones traz todos os elementos que conquistaram uma geração nos anos 80

Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
22/05/2008 | 07:00
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Demorou, mas saiu. Quem esperou 19 anos para rever as aventuras do Dr. Henry Jones Junior pode matar a saudade e conferir Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, ou Indy 4, se preferir, que estréia hoje em 13 salas do Grande ABC.

Talvez não seja hoje tão empolgante como foi nos anos 1980, mas o filme preserva as características que tornaram a série simpática: correria, perseguição na selva, espada, rio abaixo, cidade perdida, cultura pré-colombiana, formigas gigantes etc. Tudo o que se espera da criação de George Lucas dirigida por Steven Spielberg. E tem Harrison Ford, 65 anos, como o herói arqueólogo. Bem passado, é verdade, mas nada que uma ajuda dos efeitos digitais e muitos dublês não resolvam.

A dupla Spielberg-Lucas não poupou elementos consagrados: o chapéu que não cai da cabeça, oriundo dos filmes seriados das matinês de cinema dos anos 1930 e 1940, a jaqueta de couro, o chicote, muita correria, mulheres fatais, vilões do mal mesmo, forças sobrenaturais ou místicas e bom humor.

Caçadores da Arca Perdida (1981) virou um clássico do cinema de aventuras, seguido de Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). Neste conheceu-se o nome verdadeiro do personagem, seu apelido tirado de um cachorro da família (na verdade, era o nome do cão de George Lucas), como aprendeu a usar chicote, ter medo de cobra, seu gosto por relíquias e tesouros perdidos, como adquiriu seu chapéu, a jaqueta indefectível etc.

Portanto, entre o espírito da saga de aventuras e o anacronismo com o cinema moderno vinga a nostalgia do entretenimento. Spielberg e Lucas amam a Hollywood clássica e a série Indiana Jones é a justaposição desta paixão. Já O Reino da Caveira de Cristal é uma série de citações deles mesmos, de seus projetos, de suas obras, de suas previsibilidades e suas pieguices. Mas não dá para negar: eles amam cinema, e sabem conduzir a empatia.




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