Economia Titulo Indicador
Região se destaca
em qualidade de vida

FGV divulga índice de desenvolvimento municipal e
Grande ABC consegue ficar acima da média nacional

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/12/2012 | 07:02
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O Grande ABC está muito bem posicionado no País quando o assunto é desenvolvimento municipal, o que resulta em bem-estar social e econômico da população. Segundo o C-Micro/EESP-FGV (Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), as sete cidades estavam acima da média nacional em 2010. Porém, São Caetano, que ocupava o primeiro lugar no Brasil em 2000, perdeu posições e ficou em 16º há dois anos.

O C-Micro lançou ontem o ISDM (Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios), que aponta, por escala de zero a dez pontos, o nível de qualidade de vida das cidades brasileiras e, ao mesmo tempo, quanto que as administrações públicas contribuem para que seus moradores tenham mais condições para viver de forma digna e saudável. A média nacional de 2010 foi de 4,43 pontos. E todas as cidades da região tiveram pontuação superior a cinco que, segundo o coordenador do índice, André Portela de Souza, é um bom resultado no âmbito nacional.

O ISDM possui metodologia diferente ao indicador da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal). Portela de Souza explica que ambos têm a sua importância, mas destaca que o resultado do C-Micro busca, principalmente, conversar com os Executivos municipais, para que eles comparem suas administrações com outras cidades e possam traçar políticas públicas que elevem o grau de desenvolvimento municipal. A diferença metodológica mais gritante entre os índices é que o ISDM também considera aspectos de habitação, além dos resultados de trabalho, renda, Saúde e Educação, como o seu semelhante.

COLETA DE LIXO - E é justamente o segmento habitação que teve grande contribuição para que São Caetano apresentasse a 16ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros. Isso porque a cidade é a primeira do País em coleta de lixo, empatada com mais quatro, apresentando cobertura de 100% da sua área, de 15,3 km². O esgotamento sanitário é a segunda característica que elevou o resultado saocaetanense, tendo em vista que a cidade porta infraestrutura neste assunto para todo o seu território.

Outro ponto forte de São Caetano, que ajudou o seu ISDM atingir 6,15 pontos, foi a classificação em 12º menor índice de analfabetismo do País.

Porém, a cidade regrediu de posição no índice geral em relação a 2000, quando era a primeira. E essa descida é resultado de leves recuos de pontuação nos quesitos Habitação, trabalho, renda e Saúde. Apenas o subíndice de Educação, no qual São Caetano ficou listada em 13º no País em 2010, teve crescimento na década.

PEQUENA - A paulista Trabiju, com 1.544 habitantes e área de 63 km², é a cidade que liderou ranking nacional de qualidade de vida, segundo o ISDM. O município atingiu 6,28 pontos. Em seguida, também de São Paulo, aparecem Cândido Rodrigues, com 70 km² e 2.668 moradores, e Águas de São Pedro, com 5 km² e 2.707 pessoas. Esta última, por sinal, também tem presença constante no grupo das três cidades com o maior valor per capita aplicado na poupança, lista em que São Caetano, com seus 149.263 habitantes, esteve entre as seis primeiras nos últimos anos.

REGIÃO - Santo André ficou classificada em 220º lugar no ranking nacional de desenvolvimento municipal da FGV. Entre os aspectos que mais puxaram para baixo esse resultado estão os desempenhos, em relação aos outros municípios brasileiros, no subíndice Saúde, com ênfase para as taxas de mortalidade infantil e por causas evitáveis, gravidez precoce e de homicídios.

São Bernardo foi o terceiro município do Grande ABC em qualidade de vida efetiva das famílias e fomentada pela prefeitura, mas no ranking nacional está em 327ª. Em seguida aparecerem Mauá (733º), Ribeirão Pires (748º), Diadema (822º) e Rio Grande da Serra (1.167º).

Portela de Souza afirma que a FGV divulgará o índice anualmente e está aberta para diálogo com os Executivos municipais para esclarecimentos sobre a pesquisa.

 




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