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Estudante atropelado é enterrado no Curuçá
Raquel de Medeiros
Do Diário do Grande ABC
29/03/2010 | 07:02
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Cerca de 150 pessoas participaram do velório do estudante Israel Martins de Almeida, 13 anos, ontem à tarde, no Cemitério do Curuçá, em Santo André.

O menino foi atropelado por um caminhão na tarde de sábado, enquanto brincava de bicicleta próximo à casa em que morava com a família, no bairro Centreville. Israel andava de bicicleta na calçada quando foi atingido pelo veículo que manobrava para entrar no estacionamento de um depósito de materiais de construção. Uma testemunha disse que o motorista não percebeu que havia atingido a vítima e foi avisado aos gritos pelas pessoas que passavam no local.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o garoto chegou a ser socorrido por policiais militares e bombeiros, que o levaram ao Pronto Socorro Central, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado no 4º DP. O caminhoneiro não foi preso em flagrante.

DESPEDIDA - A tarde chuvosa ganhou ar ainda mais melancólico neste domingo. Familiares e amigos do garoto Israel estiveram presentes para a última despedida no Cemitério do Curuçá.

"Era uma criança muito querida por todos, pelos colegas, pelos pais, pela família toda. Era muito educado. O queridinho da casa", disse o tio Gilvane da Silva Assunção, 33 anos, muito emocionado. Nos últimos dias, o garoto andava preocupado em arrumar emprego para ajudar a família.

O vizinho e um dos melhores amigos de Israel, Alexandre Velloso, 14 anos, também estava abalado e disse que vai sentir muita falta do parceiro de aventuras. Os dois cresceram juntos no bairro Centreville. "Todos os dias um chamava o outro para brincar. Não brigávamos nunca. Era o irmão que eu não tive."

ACIDENTES - Vizinhos disseram que acidentes são comuns na região no entorno da Rua João Caetano, onde ocorreu o atropelamento. O local tem solo bastante esburacado e falta sinalização adequada. "Nesses dias mesmo dois garotos de moto se machucaram numa destas esquinas. Sempre há acidentes por aqui", disse a moradora Mônica Chaves, 24 anos.




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