Esportes Titulo Copa das Confederações
Japão em busca
da afirmação

Equipe comandada pelo italiano Alberto Zaccheroni espera se firmar de vez no ‘grupo da morte’

Thiago Bassan
09/06/2013 | 07:30
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O Japão espera surpreender em sua participação na Copa das Confederações. Apontada sempre como azarão e que não chega a incomodar as potências do futebol mundial, a equipe comandada pelo técnico italiano Alberto Zaccheroni agora quer deixar impressão diferente. E, para que isso aconteça, o elenco conta com 14 jogadores que atuam no futebol europeu.

Os maiores destaques do time são o meia Shinji Kagawa, do Manchester United, o lateral Yuto Nagatomo, da Inter de Milão, e o atacante Keisuke Honda, do CSKA Moscou. Honda, inclusive, foi o herói da classificação para a Copa do Mundo de 2014, quando marcou de pênalti, nos acréscimos, o gol do empate por 1 a 1 com a Austrália, em Saitama.

Mesmo com toda a empolgação, a equipe sabe que dificilmente conseguirá passar para a fase semifinal da competição. Isso porque o Grupo A é formado por equipes, teoricamente, mais fortes, casos de Brasil, Itália e México. Por isso, Zaccheroni pretende usar o torneio como espécie de preparação da equipe visando o Mundial do ano que vem, no Rio de Janeiro.

“A Copa das Confederações é uma competição em que teremos a oportunidade de medir o nossa condição atual”, comentou o treinador dos orientais.

O Japão teve sua melhor participação no torneio em 2001, quando chegou à decisão, mas acabou se contentando com o vice-campeonato. Para essa edição, o time ainda segue com algumas dúvidas. Uma delas é na defesa. Maya Yoshida, titular absoluto, passa a confiança que o treinador precisa quando tem pela frente atacantes habilidosos do nível de Neymar e Balotelli. Porém, seus companheiros de elenco, como Yuto Nagamoto, da Inter de Milão, ainda precisam de afirmação maior no setor. Os outros disputam o Campeonato Japonês e talvez encontrem diversas dificuldades pela frente. A defesa é apontada como o maior problema do time.

No meio campo, o veterano Endo, jogador que mais atuou pela seleção japonesa, não vive uma de suas melhores fases. E, assim como ocorre com os defensores, no setor ele reina absoluto. Seus reservas imediatos (Hosogai e Takahashi) são essencialmente defensivos e não possuem qualidade aprimorada no passe.

Por fim, o ataque também enche o treinador de dúvidas. Maeda vinha sendo o homem de referência no setor. Mas nos últimos jogos, principalmente nas eliminatórias, suas atuações deixaram questionamentos em relação a seu potencial. Atualmente, o jogador tem apenas dois gols na J-League (Primeira Divisão do futebol do país), fato que preocupa os meias responsáveis por deixá-lo na cara do gol.

Havenaar passou por boa temporada defendendo a camisa do Vitesse, da Holanda, porém, quando atua pela seleção, também não demonstra a mesma qualidade. Mais um motivo de preocupação para os japoneses.

Poucas variações no esquema tático defensivo travam o time

Criticado por fazer quase que sempre as mesamas convocações, o técnico Alberto Zaccheroni aposta em esquema tático totalmente defensivo para surpreender os adversários. O 4-5-1 é a arma do treinador, que gosta de ver a equipe prevalecer sobre os rivais na marcação, para depois surpreender nos contra-ataques. Foi assim que oJapão atuou durante boa parte das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.

O time vive dilema. Se por um lado usar sempre os mesmos jogadores pode ser bom para o entrosamento e união do grupo, por outro, a maior preocupação é a falta de plano B. Com as peças que tem, o time possui poucas variações para situações de jogo em que esteja atrás no placar.

A falta de alternativa melhor do que colocar Havenaar isoladamente no ataque e ver os companheiros lançando a bola na área, esperando que ele resolva a situação com os seus 1,94 m, é outro fator que causa ponto de interrogação na cabeça do treinador.




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