Setecidades Titulo Em coletiva de imprensa
Não estamos em uma competição pela vacina’, diz Doria
Vanessa Soares
03/10/2020 | 08:54
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DGABC


Em coletiva de imprensa realizada ontem, João Doria (PSDB), governador do Estado de São Paulo, afirmou que não há competição pela vacina contra o novo coronavírus, mas corrida pela preservação de vidas. A fala acompanhou o anunciou de que o Instituto Butantan, responsável pelo estudo da fase 3 da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac Biotech, enviou documentação para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um dia depois de a Universidade de Oxford fazer o mesmo pedido para o imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Objetivo é acelerar a avaliação para aprovação da vacina caso a eficácia contra o coronavírus seja comprovada.

“Não estamos em uma competição pela vacina. Estamos em uma competição pela vida. Todas as vacinas que estiverem em condições e cumprirem todos os protocolos da agência (Anvisa) são boas vacinas, independentemente de sua origem”, afirmou Doria. Aliás, nesta semana o governador já havia informado que mantém conversa com Eduardo Pazuello, ministro da saúde, para que as doses da vacina de origem chinesa sejam distribuídas em todo País.

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butatan, foram enviados à Anvisa relatórios sobre o desenvolvimento da vacina, além de relatórios sobre eficácia e segurança obtidos até este momento em testes não clínicos, ou seja, feitos em animais, antes da testagem em humanos. “A Anvisa precisa receber todos os documentos: dados de desenvolvimento da vacina, estudos pré-clínicos e estudos clínicos de fases 1, 2 e 3 e certificação dos produtores, das fábricas que desenvolvem a vacina”, explicou.
Covas explicou que a agência precisa receber os dados de forma completa para permitir o registro, mas que agora ela abriu a possibilidade de recebê-los de forma contínua.

“Não precisamos esperar o término de todos esses documentos e análises para enviar e solicitar o registro da vacina. Essa análise contínua permite que a Anvisa analise tudo com antecedência, por isso, o prazo de registro deve ser encurtado”, acrescentou o diretor do Butantan.

Caso os testes da fase 3 comprovem a eficácia da Coronavac, o governo do Estado prevê que o registro na Anvisa seja rápido para que a vacinação possa começar ainda neste ano, em dezembro. Os testes do imunizante seguem até 15 de outubro em 13 mil voluntários, inclusive no laboratório gerido pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

Conforme publicado pelo Diário na quinta-feira, a administração de Doria assinou acordo de cerca de R$ 507 milhões para o fornecimento de 46 milhões de doses do imunizante, além da troca da tecnologia entre o Sinovac Biotech e o Instituto Butantan para que a vacina seja fabricada no Brasil. Expectativa é que os profissionais da saúde sejam os primeiros imunizados. 




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