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Fome pode matar 300 mil africanos nos próximos meses
Das Agências
05/08/2002 | 12:18
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A deteriorização das condições de saúde na África está agravando as conseqüências atuais da fome na região e pode causar a morte de mais 300 mil pessoas nos próximos seis meses, segundo um comunicado emitido nesta segunda-feira pela diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gro Harlem Brundtland.

"Entre a população debilitada pela fome, as doenças causarão um grande número de vítimas que, devidamente alimentadas, poderiam sobreviver", constata a diretora.

Segundo a OMS, a África registra atualmente uma "duplicação do risco de mortalidade por problemas de parto, um contínuo aumento da tuberculose, das infecções respiratórias agudas e do paludismo".

Apenas em Malawi, a OMS estima que hoje 19% da população sofrem de doenças diretamente ligadas à desnutrição, frente os 6% de seis meses antes. Enquanto isso, a taxa de mortalidade materna aumentou 71% "por causa da desnutrição e do péssimo estado de saúde, da falta de cuidados pré-natais e da debilidade dos sistemas de saúde", revela o comunicado.

No último dia 18, a OMS fez um apelo aos doadores para obter pelo menos US$ 40 milhões para melhorar os sistemas de saneamento básico na África, que se juntariam aos US$ 500 milhões pedidos pela ONU para comprar comida para o sul do continente.

"A melhora dos tratamentos de higiene e saúde, paralelo à distribuição da ajuda alimentícia, permitiria conseguir facilmente uma forte diminuição da mortalidade", destacou a OMS.




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