Recurso liberado é de R$ 100 mil por ano; atendimentos normais começarão em julho
A Prefeitura de Ribeirão Pires conseguiu convencer as administrações das vizinhas Mauá e Rio Grande da Serra e voltará a receber R$ 100 mil ao ano do SUS (Sistema Único de Saúde) por ser referência no tratamento a gestantes dessas cidades. O atendimento normal a gestantes de Rio Grande será retomado no mês que vem.
Desde 2016, o montante era destinado ao Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini e à Santa Casa de Mauá, devido condições precárias do Hospital e Maternidade São Lucas, de Ribeirão. O equipamento chegou a ficar anos fechado para reforma.
A repactuação foi decidida durante reunião da comissão intergestora regional do Grande ABC, realizada na terça-feira. No encontro, Mauá e Rio Grande da Serra concordaram com o pedido apresentado pela Secretaria de Saúde e Higiene de Ribeirão Pires, que pleiteava o retorno da verba devido alto volume de procedimentos de cidades vizinhas na maternidade pública.
De acordo com a Prefeitura de Ribeirão, após a reabertura e ampliação dos serviços na unidade de Saúde, a rede municipal passou a acolher pacientes de outras cidades. Em 2017, por exemplo, realizou 511 partos, dos quais 15%, ou seja, 77 nascimentos, foram de moradores de Rio Grande. Apenas no mês de março foram 91 partos, sendo 16 nascimentos (17%) de gestantes rio-grandenses.
A repactuação soluciona impasse visto em reunião realizada em março entre as secretarias de Saúde dos municípios de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá. À época, a Prefeitura mauaense não havia concordado com a transferência do aporte para Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não havia se manifestado em favor de Ribeirão. Por conta disso, o governo ribeirão-pirense adotou medida de atender só gestantes de Rio Grande em caso de emergência no Hospital São Lucas.
Até o ano passado, as gestantes de Rio Grande da Serra eram destinadas para Mauá, que havia se tornado referência e recebia os R$ 100 mil ao ano.
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