Não fosse a imprevisibilidade do futebol era fácil dizer que o Campeonato Paulista será definido entre Corinthians, Palmeiras, São Paulo ou Santos. São os times mais bem estruturados e que ainda recebem as melhores cotas – em torno de R$ 17 milhões cada –, ou seja, carregam toda responsabilidade. Restam 12 times – com cota entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões – que apostam no melhor condicionamento físico para repetir São Caetano (2004) e Ituano (2014), os únicos que quebraram a hegemonia do quarteto nos últimos 15 anos.

O Palmeiras contratou grandes nomes, como Diogo Barbosa, Marcos Rocha e Lucas Lima, e ontem acertou com Gustavo Scarpa (leia abaixo). Com elenco estrelado, outra vez aparece com certo favoritismo, mas é preciso esperar para ver se o técnico Roger Machado conseguirá dar padrão tático ao time.

Atual campeão paulista e brasileiro, o Corinthians surpreendeu em 2017. Quarta força no início do ano, contou com ótimo trabalho de Fabio Carille para ocupar o topo. A preocupação segue a mesma: o elenco é limitado e pode comprometer quando tiver de se dividir em mais de uma competição.

Se não tem mais Hernanes, que a contragosto voltou para a China, o São Paulo apostou em Diego Souza e sua motivação natural de tentar vaga na Seleção Brasileira que vai à Copa. Sem títulos desde 2012, quando levou a Copa Sul-Americana, o time terá de superar a desconfiança da torcida após fazer o pior Brasileirão da história.

Por fim, o Santos tem no técnico Jair Ventura sua principal contratação. Sem Lucas Lima e Ricardo Oliveira, as perspectivas são sombrias pelos lados da Vila Belmiro neste ano.

Do Interior, a aposta é a melhor preparação física, já que muitos times já trabalham há dois meses. Maior entre os pequenos, a Ponte Preta trouxe o volante Marciel e o atacante Gabriel Vasconcelos, ambos ex-Corinthians. Nomes como o do goleiro Júlio César (Red Bull) e o do atacante Magno Alves (Ituano) engrandecem a disputa.