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Neste quadro, a capela original dos Cavana

Ontem escrevemos, anunciando a matéria de hoje, que São Caetano...

Ademir Medici
19/06/2015 | 07:00
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Ontem escrevemos, anunciando a matéria de hoje, que São Caetano preserva um quadro da capela original de Santo Antônio, pintado em 1933 por João Fernandes Ribeiro. Ou seja, antes da capela atual dos Cavana/Lorenzini, uma outra existiu na Rua Luiz Cavana. É esta do retrato que hoje publicamos.

Vejam só as voltas e coincidências da Memória nossa de cada dia:

- Na visita-surpresa que fizemos à capela, dia 11, fomos informados por dona Nena Lorenzini e Mario Montini que a capela preservada é a segunda. A primeira ficava próxima.

- No texto da Claudia Muller, aqui no Diário, em 1985, a repórter conta isso e fala da tela da capela.

- Na troca de e-mails com o professor José de Souza Martins, ele confirma tudo, acrescentando e explicando:

1 – O quadro (de João Fernandes Ribeiro) retrata a capela original.

2 – Foi-me por ele entregue, com outras duas telas de sua autoria, para compor o acervo do Museu Municipal, que eu estava organizando em 1958-59.

3 – Eu havia conversado com a Sonia Xavier (presidente da Fundação Pró-Memória) sobre isso, na segunda-feira (dia 8). Ela já localizou as três telas no Museu Histórico atual e as removeu para a Pinacoteca Municipal, lugar mais apropriado para elas e lugar adequado para acolher essas e outras obras desse pintor, numa sala a ele dedicada.

ENTREVISTA

José de Souza Martins entrevistou o pintor João Fernandes Ribeiro em 1961. A matéria saiu no News Seller, antecessor do Diário. Localizamos a matéria em 1991, tiramos uma cópia, chegamos a publicar trechos, mas não sabíamos que era do professor Martins – a matéria não foi assinada. Agora, tudo se encaixa.

Em 1961, o tom de João Fernandes Ribeiro é de tristeza, ao revelar que poucos, em São Caetano, se interessavam em aprender pintura. O panorama muda nos anos seguintes.

Pintores são revelados. A cidade cria a Fundação das Artes, obra maior do saudoso Milton Andrade. Outra Fundação, a Pró-Memória, mantém a Pinacoteca Municipal. E temos a entrevista que Martins fez com Ribeiro, peça importante para se entender tudo o que ocorreu. Voltaremos ao assunto.

DETALHE A MAIS

Já a capelinha que os Cavana e Lorenzini preservam, sucessora da capela original, ganha uma importância ainda maior, revelada por Martins na carta que entregou à família: a capela de 1885 passou a celebrar os atos religiosos durante a construção da atual Matriz Velha, no bairro Fundação, aberta ao público no final do século 19, erguida no mesmo terreno da antiga capela dos beneditinos, então demolida.

REGISTRO

A tela que João Fernandes Ribeiro pintou ilustrou a capa da revista Raízes nº 7, de julho de 1992.

UMA MISSA

Para celebrar os 130 anos da capelinha de Santo Antônio, uma missa será celebrada no local amanhã, às 16h, pelo padre Jordélio, pároco da Sagrada Família.

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 19 de junho de 1985 – ano 28, nº 5854

Manchete –Adiada reforma tributária e Sarney (presidente da República) anuncia comissão

Futebol – Hoje é dia de Santo André e Corinthians, pelo Campeonato Paulista da Primeira Divisão, às 18h, no Pacaembu.

Ataliba, ex-Corinthians, agora no Santo André, promete gol para o filho.

Solitinho (Santo André) enfrenta o irmão Solito (Corinthians) pela primeira vez.

Há um tabu em jogo: desde 1982, quando ascendeu à Primeira Divisão, o Santo André perdeu três vezes e empatou três com o Corinthians, em jogos oficiais. Nunca venceu. Será hoje?, perguntava o jornalista Divanei Guazzelli.

Em 19 de junho de...

1905 – Termina a greve dos estivadores e demais categorias em Santos. Afirmam Antenor de Moura, delegado de polícia, e major Pedro Arbuers, comandante do destacamento e delegado em comissão:

- Entregamos a chave do edifício da Sociedade Internacional dos Operários.

- Pusemos em liberdade os presos comprometidos nas últimas desordens.

- A população mostra-se satisfeita e tranquila.

1915 – A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘Batalhão húngaro aniquilado na região de Monterero’.

1960 – Padre Vicente Marques Ribeiro, vigário da Matriz Velha, em São Caetano, encaminha ao Museu Municipal um livro editado em Bassano, Itália, no ano de 1770 chamado Il Combatimento Spirituale, escrito pelo padre Scupoli, da Ordem dois Teatinos.

- O livro foi encontrado por acaso, num velho baú, quando o sacristão procedia a limpeza na sacristia da igreja, no bairro Fundação.

1975 – Dom Jorge Marcos de Oliveira, primeiro bispo diocesano do Grande ABC, vai pessoalmente à Câmara de São Caetano defender a mais nova paróquia da cidade, em louvor a Santo Antônio, no Jardim São Caetano.

- Tramitava no Legislativo um requerimento, de autoria do vereador João Anhê, contrário à nova paróquia

- Anhê dizia que Vila São José, Jardim Belvedere e Jardim São Caetano formavam um só núcleo e que uma nova paróquia, erigida em 1974, dividia os fieis.

- Ia mais longe o vereador, ao dizer que se travava uma guerra santa na Vila São José.

- Dom Jorge ouve os argumentos, mas convence a Câmara a retirar o requerimento.

Hoje

- Dia do Cinema Brasileiro

Santos do dia

- Nossa Senhora da Piedade. Século 18. Barro cozido e policromado. Proveniente de Jacareí (SP).

Imagem faz parte da exposição Barro Paulista: a tradição bandeirante do imaginário em barro cozido. Em cartaz no Museu de Arte Sacra, Capital (Avenida Tiradentes, 676, bairro da Luz). Curador: Dalton Sala.

- Romualdo

- Gervásio

- Juliana Falconieri

Município Paulista

- Hoje é o aniversário de Ribeirão Preto, elevado a município em 1871, quando se separa de São Simão. 




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