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Votos da chapa não acompanham Pretinho
Raphael Rocha
19/11/2020 | 00:01
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Muito tem se falado do desempenho aquém do presidente da Câmara de Diadema, Pretinho do Água Santa (DEM), na corrida eleitoral à Prefeitura. O quarto lugar para um candidato que foi escolhido pelo atual prefeito, Lauro Michels (PV), de fato é uma marca histórica negativa. Mas há alguns números que explicam o revés – e justamente os que são mais comentados dentro da coordenação da campanha do democrata. Pretinho partiu para a eleição com cinco partidos em seu arco de aliança: Podemos, Cidadania, PV, Pros e DEM. Juntos, os candidatos a vereador dessas cinco siglas atingiram 79.305 votos. Pretinho alcançou 20.524 votos – 58.781 adesões a menos. Ou seja, se metade dos votos despejados em postulantes à vereança da coligação governista fosse também depositada para Pretinho, o democrata estaria no segundo turno, já que Taka Yamauchi (PSD) recebeu 31.301. Dentro do núcleo governista, a palavra traição está constante em várias frases proferidas na análise do pleito.

BASTIDORES

Carona
O deputado federal Alex Manente (Cidadania) buscou jogar em sua conta a reeleição dos prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB). Divulgou material enaltecendo os triunfos indicando ter trabalhado ativamente pelos êxitos do trio tucano. A peça publicitária gerou burbuinho no meio político por insinuar uma união regional, algo difícil de acontecer, até pelo temperamento de Morando.

Reforços em negociação
O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), candidato à reeleição, intensificou diálogos em busca de reforçar seu grupo no segundo turno contra o vereador Marcelo Oliveira (PT). O prefeito tem conversado com os prefeituráveis derrotados e, em especial, com parlamentares eleitos nas chapas adversárias.

Avaliações
A primeira sessão na Câmara de São Bernardo depois do resultado eleitoral de domingo mostrou dois contrastes. Diversos vereadores derrotados não apareceram no Legislativo ontem. Por outro lado, o denominado grupo de Marcelo Lima (PSD), em referência ao vice-prefeito e seus quatro parlamentares, não escondia a felicidade. Entre os políticos, é consenso que Marcelo sai extremamente fortalecido do pleito, com potencial de ter mais protagonismo no governo de Orlando Morando (PSDB) neste segundo mandato. Além de ter emplacado quatro nomes, Marcelo viu seus pupilos terem votações expressivas.

Apoio externo
Vereador eleito em Santo André, Ricardo Alvarez (Psol) anunciou apoio à candidatura de José de Filippi Júnior (PT) no segundo turno em Diadema. “Suas gestões transformaram Diadema, tornaram a cidade mais urbanizada, igualitária e participativa”, disse.

Estratégia regional
Ex-prefeito de São Bernardo e presidente paulista do PT, Luiz Marinho coordenou reunião para que o partido no Grande ABC impulsione as campanhas de José de Filippi Júnior (PT), em Diadema, e de Marcelo Oliveira (PT), em Mauá. Houve divisão de tarefas em municípios onde a disputa já acabou e comprometimento de militantes para que a legenda triunfe nessas duas cidades.  




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