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Plano de combate à enchente é alvo de discussão há 16 anos

Mais nova promessa é entregar em março plano
regional de drenagem com pontos de alagamento

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
12/01/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Entra ano, sai ano e a problemática da enchente, bem como o que fazer para combatê-la, é discutida no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC sem solução. O debate acontece há pelo menos 16 anos. Enquanto isso, as inundações continuam causando transtornos à população, como no sábado, quando diversos pontos da região foram tomados pela água e pelo menos oito veículos ficaram ilhados.

A nova promessa do Consórcio é a conclusão, apenas em março e oito meses após o início, do Plano Regional de Macro e Microdrenagem, cuja versão preliminar foi apresentada ontem, na sede da entidade, onde aconteceu o encontro mensal de prefeitos. O estudo consiste no mapeamento dos pontos críticos para alagamento nas sete cidades.

Para desenvolver o trabalho teórico, o Consórcio contratou, pelo valor de R$ 1,2 milhão, a empresa KF2 Engenharia e Consultoria. “Vamos identificar todas as áreas de alagamento para saber quais são as intervenções necessárias e ter uma noção de quanto custará solucionar o problema da macrodrenagem”, disse o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB).

Os apontamentos que deverão constar no documento, no entanto, já são velhos conhecidos da entidade. Isso porque, em novembro de 2000, reunião do Consórcio foi marcada por discussões que visavam a contenção das águas das chuvas durante o verão seguinte. Naquela época, os municípios se comprometeram a iniciar a implementação de medidas chamadas não estruturais, como programas de educação ambiental, técnicas de pavimentação para absorção de águas pelo solo, entre outros procedimentos.

Na época, eram consideradas críticas as áreas: Centro e Vila Vivaldi, em São Bernardo; Piraporinha, em Diadema; Jardim São Caetano, em São Caetano; Príncipe de Gales, em Santo André; e Centro, em Mauá. Outros pontos citados eram as regiões à beira do Ribeirão dos Couros, entre Diadema e São Bernardo, e do Ribeirão dos Meninos.

Por duas vezes, no ano 2000 e em 2009, a entidade tentou implantar sistema de monitoramento de chuvas para prevenir enchentes. Nenhum dos dois projetos saiu do papel. O primeiro foi abandonado sob a alegação de que teria alto custo – R$ 40 milhões na época. E o segundo, que seria desenvolvido pela FCTH (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica) – órgão estadual ligado ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), custaria R$ 5 milhões por ano, também não avançou.

Ao que tudo indica, a população terá que esperar período ainda incerto por alguma medida efetiva. Junto do plano que vem sendo elaborado pelo Consórcio, estão previstas intervenções, cuja hierarquização, impacto e o custo delas deverão integrar cronograma para os próximos cinco, dez e 20 anos.

 

Primeira atividade regional contra a dengue acontece no fim do mês

 

A Campanha Regional de Combate ao Mosquito da Dengue, promovida pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, terá sua primeira atividade do ano, integrando as cidades, no dia 30. Nesta data, a partir das 9h, ações contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya. serão feitas na chamada “tríplice fronteira”. A área compreende os limites entre São Bernardo (Rudge Ramos e Vila Vivaldi), Santo André (vilas Palmares e Sacadura Cabral) e São Caetano (bairros Mauá e Santa Maria).

Dados atualizados divulgados pela entidade apontam que a região registrou 7.403 casos de dengue autóctone (contraídos na cidade de residência da pessoa), sendo 2.829 em São Bernardo; 2.312 em Diadema; 1.377 em Santo André; 523 em Mauá; 341 em São Caetano e 21 em Ribeirão Pires. Rio Grande da Serra não registrou nenhum caso.

Ainda no ano passado, sete pessoas morreram, sendo duas em Santo André (que registrou ainda morte por um caso importado, de Tambaú, no interior de São Paulo); duas em Diadema; duas em São Caetano e uma em Mauá, que demorou a ser relacionado com a dengue em virtude de outras doenças que ocorreram simultaneamente no paciente.

 

Está programada outra atividade regional em fevereiro, e em março, a ação coincidirá com o Dia D de combate à dengue, organizado pelo Ministério da Saúde.

 

 

 

 




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