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Estrelas fazem a festa por Santos e dominam dia em São Caetano

Nadadores da Seleção integram projeto olímpico santista e vencem quase tudo

Dérek Bittencourt
21/11/2017 | 07:30
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Denis Maciel/DGABC


As piscinas do complexo Lauro Gomes receberam ontem mais competições dos Jogos Abertos do Interior e das 20 provas disputadas, apenas em uma não houve representante de Santos no pódio. Nas demais, os competidores da cidade litorânea marcaram presença em pelo menos uma das três posições, levando 18 ouros, sete pratas e dois bronzes. E há explicação simples para tal desempenho: com foco já em Tóquio-2020, contratou diversos atletas da Seleção Brasileira, como Felipe França, Nicholas Santos, Leonardo de Deus e Poliana Okimoto, que ontem se deram bem em São Caetano.

“(Santos faz) Trabalho voltado para Tóquio. Buscaram convidar os atletas de ponta da Seleção, por isso é bem forte a equipe e está disparada na frente no ranking”, destacou França, dono de quatro ouros pan-americanos, seis em mundiais de piscina curta e um no de piscina longa, e que ontem faturou os 50 m e 100 m peito nos Abertos. Ele tratou de valorizar a competição – que disputou pela primeira vez por Suzano, aos 14 anos. “É forte, tem nomes de Seleção Brasileira, então é preciso respeitar e ir com tudo.”

O nadador ainda fez por duas vezes um gesto que virou sua marca: ao deixar o pódio, banhou seus ouros na piscina são-caetanense. “Desde pequeno faço isso de molhar a medalha onde disputei. Não é ritual, já é coisa automatizada”, contou França, que tem como metas o Mundial da Coreia do Sul, em 2018, o Pan-Americano de 2019, no Peru, e, como não poderia deixar de ser, a Olimpíada de Tóquio, em 2020. “Vamos trabalhar duro para que essas conquistas possam vir.”

Já Poliana Okimoto, bronze na maratona aquática da Rio-2016 e que ontem foi vencedora nos 800 m livre e nos 4x200 m livres, exaltou a Olimpíada Caipira. “É bem gostoso. Competi por Guarulhos devia ter 12, 13 anos. É diferente do que estamos acostumados, mas são mais ou menos as mesmas pessoas que a gente encontra no Paulista e no Brasileiro”, disse ela, que, apesar de estar acostumada às provas longas, destacou a importância das de menor distância.

“Sempre fui nadadora de fundo. Mas nunca deixei de nadar as provas de piscina. Então, quando tem essas competições a gente consegue nadar as provas mais curtas para ajudar na preparação. Dar ritmo e velocidade é importante.”

Atleta de Bauru diminui supremacia santista

O capixaba Felipe Messias foi o intruso na performance quase perfeita de Santos no segundo dia da natação nos Jogos Abertos. Atleta de Bauru, ele conquistou duas medalhas de ouro – nos 50 m e nos 100 m livres –, justamente as únicas que não tiveram atleta santista no lugar mais alto do pódio.

A justificativa, segundo ele, é a estrutura que lhe é oferecida por Bauru, que dá condições de brigar contra os melhores atletas do Brasil. “Trabalho bem bacana de Bauru. Sou de Vitória, no Espírito Santo, mas nas vésperas das competições eu treino em Bauru. A estrutura é muito boa, a comissão técnica, a piscina e isso ajuda muito a nós, atletas”, ressaltou Felipe.

Por mais que tenha vencido as provas mais rápidas da natação, o atleta disse que o desempenho foi atrapalhado pelo cansaço. Domingo, ele e quase todos os outros nadadores de ponta que estavam ontem nos Abertos disputaram o Campeonato Paulista, no EC Pinheiros, em São Paulo. “Viemos do Paulista, estamos cansados, mas é sempre bom desbancar Santos e ganhar de um dos melhores atletas do mundo (Nicholas Santos, de Santos, que ficou em segundo nos 50 m livres), mesmo que não seja a principal prova dele”, comentou Felipe, que no Estadual ficou em sexto nos 50 m e em oitavo nos 100 m.

O atleta assume que as duas vitórias nos Abertos empolgam para o último desafio da temporada, o Open da CBDA, de 6 a 9, no Rio de Janeiro. “Duas vitórias como essas dão moral para finalizar a temporada da melhor maneira”, comemorou. Anderson Fattori




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