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Peça questiona, nas ruas, diferença social

Grupo catarinense Cirquinho do Revirado apresenta obra Júlia hoje e amanhã na região

Vinícius Castelli
13/08/2013 | 07:00
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Divulgação


Parte da programação do Festival Palco Giratório 2013, do Sesc São Caetano, o grupo de teatro Cirquinho do Revirado é atração no Grande ABC. Os artistas catarinenses trazem na bagagem a peça Júlia, que toma conta das ruas de Mauá hoje e de Diadema amanhã, sempre às 12h.

Com direção de Pépe Sedrez, os atores Reveraldo Joaquim e Yonara Marques – sua mulher – vivem as aventuras e dificuldades de Júlia, uma mulher com deficiência física que vive nas ruas, e Palheta, seu companheiro e fiel protetor.

“A história nasceu em 2011. Foi uma vontade de Yonara”, conta Joaquim. A peça surgiu a partir de uma pesquisa do universo feminino, “de pensar isso”. De acordo com ele, a pesquisa os levou até o cotidiano dos ciganos.

“A partir dos ciganos, chegamos aos excluídos, caso também dos bufões. A peça é uma crítica social”, diz o ator. Os textos encenados ao longo de 55 minutos foram construídos em conjunto. A pesquisa levou cerca de três anos. “A partir disso ficamos sete meses ensaiando em sala, observando de que forma essas figuras iriam dialogar com o público.”

E o palco escolhido para apresentar a obra não poderia ser outro que não a própria rua. Portando uma carroça, os personagens maltrapilhos param em qualquer esquina e começam a encenação. De acordo com o ator, muita gente só se dá conta de que se trata de um espetáculo teatral bem depois do início. “A peça é muito humana. As pessoas pensam que os personagens são reais”, afirma.

“Já teve caso de morador de rua se identificar com a peça. Eles se sentem representados. Pois, assim como os bufões, essas pessoas vivem em bando. Com esse trabalho nós fazemos nosso papel social, levando questionamento ao público.”

Júlia – Teatro. Hoje, às 12h. Na Praça 22 de Novembro – Mauá. Amanhã, às 12h. Na Praça Castelo Branco – Diadema. Tel.: 4223-8800. Grátis.




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