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Fim da obsolescência programada
Idec
03/02/2017 | 07:16
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Conforme utilizamos um produto, é natural que este sofra desgastes e se torne antigo com o passar do tempo. O que não é natural é que a própria fabricante planeje o envelhecimento de um produto, ou seja, programe quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar, apenas para aumentar o seu consumo.

Apesar do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, atualmente nossos eletrodomésticos são piores, em questão de durabilidade, do que há 50 anos.

Os produtos são fáceis de comprar, mas são desenhados para não durar. Por esta razão, os consumidores sofrem para dar a eles uma destinação final adequada, e ainda se veem obrigados a comprar outros equipamentos.

Um dos principais exemplos de obsolescência programada é a lâmpada. Quando criada, ela durava muito, mas as fabricantes viram que venderiam apenas número limitado de unidades. Por isso, criaram fórmula para limitar o funcionamento das lâmpadas, que passaram a durar apenas 1.000 horas, por exemplo.

Na área tecnológica, a obsolescência programada pode ser vista com maior frequência. Geralmente, durante o período de garantia, os computadores e notebooks de alguns fabricantes funcionam normalmente.

No entanto, após o fim desse prazo, esses produtos passam a apresentar defeitos, a exemplo do superaquecimento ou esgotamento da bateria. Na quase totalidade dos casos, o preço do conserto é tão alto que não vale a pena, e os consumidores são impelidos a adquirir item novo.

EFEITO ESTUFA - É importante lembrar que a humanidade já está consumindo 30% a mais do que o planeta é capaz de repor, e é preciso que seja promovida redução em até 40% das emissões do CO2 (gás carbônico), que provoca o efeito estufa, para que a temperatura não suba mais do que 2º C por ano.

Diante de situação tão alarmante, mudanças dos padrões de produção e consumo, de forma a diminuir o descarte desnecessário de toneladas de lixo eletrônico e tóxico no planeta, são essenciais para reverter esse quadro. Além disso, é dever do Estado regularizar, fiscalizar e induzir esses novos padrões.

As companhias, por sua vez, devem garantir ao consumidor acesso à informação e assumir a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, visando ao desenho adequado dos produtos e embalagens e o fim da obsolescência programada. 




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