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Entidade luta há sete anos para finalizar sede

Creche de S.Bernardo cuida de 130 crianças de zero a três anos

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
20/12/2011 | 07:00
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A Assistência Social Beneficente de Resgate e Amparo à Criança comemora em janeiro 17 anos de existência. A entidade de São Bernardo, que atende em creche de período integral 130 crianças de zero a 3 anos vindas de famílias carentes da cidade, tem terreno próprio no Parque dos Pássaros, doado pela Prefeitura há sete anos. Porém, até agora o prédio não foi concluído. Apenas o primeiro andar está em funcionamento, com sete salas que abrigam os pequenos.

A creche é conveniada ao sistema de Educação da Prefeitura, o que garante as cinco refeições diárias das crianças, material escolar básico e uniforme. A instituição desenvolve outros trabalhos com a comunidade, tais como cursos de artesanato, tear, customização e atendimento social do Renda Cidadã. Por isso, precisa ampliar o espaço para garantir a continuidade das atividades oferecidas aos moradores de comunidades como Jardim Cláudia e Vila Ferreira, além do núcleo Portinari.

Segundo o vice-presidente da Assisbrac, Paulo Sérgio Gutierrez Bonjardim, além de salas para abrigar as oficinas de artesanato e também de informática, a intenção é construir no segundo andar salão de festas, que será alugado para aniversários e casamentos. "Ele terá entrada independente da instituição e será importante fonte de arrecadação de recursos."

Um supermercado da região doou R$ 20 mil para a compra das vigas que farão o teto do salão. Bonjardim estimou serem necessários mais R$ 40 mil apenas para finalizar a mão de obra e o restante dos materiais, fora o acabamento. "Precisamos de ajuda."

CRIATIVIDADE

A diretora da creche, Gilmara Rezende Vaillant, afirmou que a parceria com a Prefeitura, que recentemente doou 130 conjuntos de carteiras e cadeiras escolares para a entidade, ajuda muito, mas não é suficiente. "Contamos com o apoio de parceiros para manter tudo funcionando."

Com pouco dinheiro, o jeito é usar a criatividade: garrafas PET viram brinquedos recicláveis, pneus e caixotes fazem a diversão da garotada. As partes educacional e pedagógica não ficam de lado: ali as crianças aprendem desde pequenas a respeitar o espaço do próximo, além de desenvolver trabalhos de artes, música e brincadeiras lúdicas, entre outros. "Os alunos saem daqui preparados para conviver com as turminhas das Emebs", destacou Gilmara.

Ações ajudam a fortalecer vínculos familiares

Como a maioria das crianças atendidas na Assisbrac vem de famílias carentes, é natural que os pais trabalhem muito para manter as contas em dia. Por isso, sobra pouco tempo para interagir com os pequenos, que ficam o dia todo na creche. "Aqui eles aprendem as primeiras palavras, dão os primeiros passinhos, saem das fraldas, tudo longe dos pais", afirmou a diretora Gilmara Rezende Vaillant.

Diante desse cenário, a instituição tem projeto de fortalecimento de vínculos entre as famílias e as crianças. "Eles (pais) assistem a palestras e depois promovemos encontros onde fazemos brincadeiras e criamos momentos para que os pais possam interagir com os filhos."

A professora Elisa Cristina Santos da Silva, 31 anos, está na creche há sete e afirmou que é preciso ser como uma mãe para cuidar dos pequenos. "Eles são meus 18 filhos. E a cada ano tenho 18 novos filhos para cuidar e ensinar."

A docente afirmou que sempre orienta os pais para que determinadas coisas sejam ensinadas em casa. "Se a criança não vem educada e habituada ao diálogo, fica difícil lidar com ela no ambiente escolar. Por isso, o papel dos pais é essencial nesse processo, por menos tempo que tenham."




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