Disputar a Superliga é o auge na carreira de qualquer jogadora. Alcançar esse nível, ainda na categoria juvenil, é sonho praticamente impossível. Juliana, do São Caetano, vive justamente essa emoção. Ontem, ela completou 19 anos, mas tem responsabilidade de veterana e conta com a confiança do técnico Hairton Cabral, que a escala como levantadora titular.

"É uma experiência única que estou vivenciando e tentando aproveitar ao extremo. Sei da responsabilidade que carrego, mas tento me manter calma, pois o time depende muito de mim", conta Juliana, que se espelha em Fabíola, da Seleção Brasileira. "Gosto do estilo dela, a liderança em quadra. Tento pegar algumas coisas vendo os jogos", admira.

Há quatro anos em São Caetano, Juliana curte a segunda temporada como adulta e a primeiro como titular. Ainda tímida, a jogadora confessa um dos seus maiores medos. "Viajar de avião, tenho um certo pavor. Sempre dá aquele frio na barriga, mas agora, disputando a Superliga, preciso me acostumar", conta.

Apesar de jovem, a jogadora tem total confiança do técnico Hairton Cabral. "Olha, já comandei muitas jogadoras do juvenil, mas ter postura e responsabilidade que a Juliana está mostrando é difícil de encontrar. Ela é muito dedicada, treina nas duas categorias, se dedica e respira vôlei. Por isso ganhou a condição de titular", explica o treinador.

Apesar de enaltecer o trabalho da levantadora, o técnico não tem muito o que comemorar. Em 17 rodadas da Superliga, São Caetano venceu apenas uma, contra o BMG/Mackenzie, na última rodada (3 sets a 2). O próximo desafio é hoje, às 17h, contra do Usiminas, novamente no Ginásio Milton Feijão, em São Caetano.

"Na Superliga temos de matar um leão por dia, não dá nem para descansar. Tiramos o peso das nossas costas ganhando a primeira partida depois de 16 derrotas e acho que o time vai jogar mais solto amanhã (hoje). O adversário é forte, mas estamos em casa e temos de ir com tudo para cima delas", sugere Juliana.

São Bernardo tenta seguir na zona de classificação

A Superliga tem rodada recheada hoje. Além do São Caetano, que pega o Usiminas, às 17h, em casa, outro time do Grande ABC que entra em quadra é o BMG/São Bernardo. A equipe do técnico Zé Alexandre terá pela frente o BMG/Mackenzie, às 11h, no Ginásio Baetão.

Ocupando a sétima colocação, o São Bernardo precisa da vitória para se manter na luta pela classificação. "Continuamos na briga e nossa obrigação é vencer", resume Zé Alexandre. Apenas os oito primeiros colocados garantem vaga na próxima fase.

No masculino, as três equipes da região jogam fora de casa hoje. Às 19h, o São Caetano/Tamoyo encara o Blumenau e o Santo André/Spread enfrenta o Sogipa. O destaque, porém, é o BMG/São Bernardo, que luta pela classificação. A equipe é a décima colocada (10 vitórias e 13 derrotas) e precisa vencer o Cimed, vice-líder, às 20h, em Santa Catarina.